Já é uma gala habitual numa unidade hoteleira em Lisboa (neste caso, o hotel Sheraton), foi este ano uma gala com pontos menos habituais. Logo à cabeça porque o Grupo Stromp irá trocar de líder, com a saída de Tito Arantes Fontes para a entrada de Carlos Barbosa da Cruz. Depois, pela sentida homenagem que foi feita ao antigo presidente do Sporting, António Dias da Cunha. Frederico Varandas, presidente dos leões, marcou presença (como também é habitual) na cerimónia, começando por falar sobre a importância dos Stromp na vida do clube de Alvalade antes de partir para outros temas numa sala que voltou a encher para galardoar os feitos de atletas, dirigentes e demais elementos leoninos que se destacaram no ano de 2023.

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“O Grupo Stromp, tal como outros grupos de associados, só existem porque existe o Sporting e existem para servir e fortalecer o Sporting e nunca o contrário. Muito obrigado pelo seu sentido de missão. Muito obrigado pelo seu amor ao Sporting. Quero dar uma palavra especial ao ainda presidente do Grupo Stromp, Tito Arantes Fontes, pelo seu trabalho ao longo destes seis anos como presidente. Não posso falar como membro interno do grupo, porque não o sou, mas falo enquanto presidente do Sporting. Este mandato foi seguramente vivido num dos momentos mais críticos da história do Sporting. Viveram-se momentos muito difíceis e tristes e poucos anos mais tarde, há momentos de felicidade épica. Em todos esses momentos o presidente do Grupo Stromp nunca esqueceu a sua primeira obrigação: servir o Sporting”, destacou, numa ideia que já foi utilizada antes mas num contexto diferente, ligado à “guerra” que mantém com as claques.

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“Ainda em 2023 e no início de 2024 serão dadas a conhecer novidades que serão transversais praticamente a todo clube: área financeira, investimentos e requalificações no Estádio José Alvalade, no futebol de formação e nas modalidades. De 2024 a 2026 daremos passos decisivos para o crescimento e afirmação do nosso clube”, projetou Varandas, no lançamento do “plano de ação” até ao próximo ato eleitoral. “Iniciámos a época de 2023/2024 com um propósito: iniciar uma nova era. Uma nova era muito para além apenas de resultados desportivos, do Alvalade 2.0, da recuperação financeira. Iremos reposicionar de uma forma permanente e consolidada o Sporting, de uma forma estrutural e financeira, como um clube grande com condições objetivas para lutar por todos títulos nacionais de uma forma natural. Antes, de 2019 a 2023 reformámos o clube de A a Z, departamento a departamento. Tornámo-nos mais eficazes, eficientes, preparados, competentes, sustentáveis, fortes, competitivos e saudáveis. Muito desse trabalho foi invisível à maioria dos adeptos mas os resultados serão visíveis para todos”, acrescentou, citado pelo jornal Record.

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Do que foi feito no passado e do que está projetado para o futuro, Varandas passou depois para o presente, fazendo uma evocação também do sócio número 3 do clube, Francisco Stromp (que passou a ter uma tela gigante num edifício perto do Pavilhão João Rocha). “Do ponto de vista desportivo, hoje, e se o Francisco Stromp estivesse aqui nesta sala, estaria muito orgulhoso do desempenho desportivo, nesta época, das nossas equipas. Do futebol às restantes modalidades. No futebol continuamos no topo da classificação. Por vezes sozinhos, por vezes acompanhados, mas ali continuamos, na frente. Acreditamos que temos sido a melhor equipa até ao momento e tudo faremos para continuar a demonstrar. Temos um grupo muito forte e fantástico de jogadores e um grande treinador. Grande treinador hoje, grande treinador quando fomos campeões, grande treinador quando ficámos em quarto lugar”, destacou o presidente do Sporting.

Por fim, e numa semana marcada pelas críticas à arbitragem de João Pinheiro na derrota em Guimarães e que terminará com um clássico em Alvalade frente ao FC Porto na segunda-feira, o número 1 da formação leonina deixou também uma mensagem de acalmia para evitar excessos na receção aos dragões, sem deixar de lançar uma “farpa” a Pinto da Costa. “Na próxima jornada temos a visita de um dos nossos dois grandes rivais. Receberemos não apenas um rival mas uma das grandes instituições nacionais que merece o nosso respeito e que jamais deverá ser confundida com as pessoas que a dirigem. Serão exemplarmente recebidos pois os nossos valores e a nossa forma de estar assim exigem. Peço a todos os sócios e adeptos que transformem o sentimento de revolta e injustiça, com os azares que nos têm acontecido, num apoio positivo, enchendo o estádio e agarrando na equipa sempre que ela precisar, empurrando-a para a vitória”, frisou.