O Brasil, na qualidade de membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, condenou esta quarta-feira o recente lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) pela Coreia do Norte.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro condenou o lançamento desta segunda-feira e acrescentou que esta ação viola as resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança, indicou, em comunicado.

A diplomacia do Brasil lembrou as várias resoluções a exigir que a Coreia do Norte “cesse todas as atividades relacionadas com o programa de mísseis balísticos” e pediu a Pyongyang para “cumprir todas as resoluções pertinentes”.

Brasília “defende o compromisso político e diplomático para alcançar a meta de uma península coreana estável, pacífica e desnuclearizada”, indicou.

O país encorajou “os envolvidos a contribuir para a criação das condições necessárias para reduzir as tensões e retomar as negociações destinadas à desnuclearização da península coreana”, referiu na mesma nota.

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A Coreia do Norte disse ter testado esta segunda-feira um míssil de combustível sólido Hwasong-18, disse a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

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Foi o quinto projétil balístico de longo alcance lançado por Pyongyang em 2023, um número recorde que sublinha o progresso do programa de armamento e a escalada militar na região.

Esta quarta-feira, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, garantiu que o país não hesitará em lançar um ataque nuclear contra um rival caso seja provocado, elogiando as tropas envolvidas no recente teste de um ICBM.

Durante a reunião, Kim sublinhou que o lançamento demonstrou a evolução da estratégia nuclear da Coreia do Norte, e da postura “de não hesitar, mesmo com um ataque nuclear, quando o inimigo o provoca com armas nucleares”, noticiou a KCNA.

Kim frisou também que a paz é garantida por uma postura de guerra e de disposição para lançar ataques preventivos contra o inimigo em qualquer lugar, para impor medo, acrescentou a KCNA.

Na terça-feira, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão anunciaram o lançamento de um sistema para partilhar informações em tempo real sobre mísseis norte-coreanos e um plano de exercícios regulares para enfrentar avanços militares de Pyongyang.

Após o fracasso das negociações para a desnuclearização com os EUA, em 2019, a Coreia do Norte aprovou um plano de modernização de armamento, que inclui a instalação de satélites militares e o teste de numerosos mísseis, além de ter rejeitado a retoma do diálogo e de ter reforçado os laços com a China e a Rússia.

Por outro lado, a Coreia do Sul, o Japão e os EUA reforçaram a cooperação em matéria de segurança, sendo que Washington aumentou o envio periódico de meios estratégicos para a península.