O Presidente da República lembrou esta quinta-feira, no encontro anual com o Conselho da Diáspora, que sempre houve “estabilidade” da política externa portuguesa, mesmo quando há executivos de ‘geringonça’, como o novo PS admite fazer se vencer as eleições de 10 de março. “Mesmo com governos que tinham na sua base de apoio forças com dúvidas ou críticas ou afastamento relativamente a pontos fundamentais da política externa, a política externa nunca deixou de ser prosseguida”, garantiu Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado mostrou estar alinhado com António Costa no conselho ao novo Governo para não renegociar o PRR. No encontro com o Conselho da Diáspora, Marcelo pediu esta quinta-feira que haja o “bom senso em não querer reabrir processos que não têm sucesso a nível europeu e podem retardar aquilo que convinha não retardar mais, é de extrema prudência.”

O PSD de Luís Montenegro não disse que queria reabrir o processo de fundos do PRR, mas disse que queria reverter propostas do “Mais Habitação”. Costa, na quarta-feira, tinha aconselhado o próximo Governo (fosse de “cor política fosse”) a não seguir esse caminho pois “o último governo que chegou e quis renegociar o PRR, o que conseguiu foi estar um ano parado e agora anda a suplicar para que lhe estendam o prazo de execução porque perdeu um ano na execução”.

O Presidente da República diz ainda que tem entendido de “forma muito generosa” este “período intercalar de gestão” precisamente para evitar que sejam desperdiçados fundos. Marcelo, que sempre chamou “otimista irritante” a António Costa, diz agora que o país pode ter um “otimismo realista”, uma vez que vai passar momentos difíceis, mas já ultrapassou piores no passado.

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