O Consumer Electronics Show (CES), que anualmente é organizado em Las Vegas, começou por ser o local onde eram reveladas “apenas” as novidades relativas a tudo o que são dispositivos electrónicos. Mas os veículos passaram a ser visita regular do certame norte-americano, roubando muitas vezes as atenções aos restantes equipamentos em que a electrónica é a palavra-chave. Até porque os automóveis modernos, sobretudo os eléctricos, parecem muitas vezes uns computadores sobre rodas. Daí a opção da Honda, que vai deslocar para o deserto do Nevada a apresentação da sua nova gama de veículos eléctricos.
É um facto que este construtor japonês, se foi rápido a responder à moda dos híbridos e posteriormente dos eléctricos alimentados por células de combustível a hidrogénio, foi substancialmente menos célere a adoptar a tecnologia dos eléctricos a bateria. Com este anúncio da revelação de uma nova gama de modelos com emissões zero, é bem possível que a marca nipónica consiga recuperar o atraso numa tecnologia que passou a ser determinante para o sucesso em vários mercados, dos Estados Unidos da América à China, passando pela Europa.
Com a presença do CEO da marca Toshihiro Mibe, a Honda irá revelar, além dos já mencionados novos veículos eléctricos, aquilo que denomina “algumas tecnologias-chave” que alimentem a transformação da marca rumo à electrificação. Entre outros focos, o construtor visa atingir a neutralidade carbónica em 2050 em todas as suas actividades, desde logo na produção e não apenas nas emissões dos veículos.
Com a nova gama de automóveis eléctricos a revelar em Janeiro, a Honda pretende começar a investir de forma mais decidida em veículos não poluentes, independentemente de utilizarem energia armazenada na bateria ou gerada a bordo por células de combustível a partir de hidrogénio. Abraçando esta estratégia, a marca visa aumentar o rácio de modelos eléctricos a bateria e a fuel cell, de forma a que estes representem a totalidade das vendas em 2040.