A Aston Martin continua a entregar os Valkyrie aos primeiros clientes que encomendaram esta máquina infernal, o hiperdesportivo desenhado por Adrian Newey, o mago da F1 que concebeu os fórmulas da Red Bull Racing que conquistaram para a equipa seis títulos mundiais de construtores e sete de pilotos, além de 113 vitórias em corrida. De acordo com a Aston Martin, o Valkyrie será capaz de ser quase tão rápido quanto um F1 em determinadas pistas, algo que nunca um veículo homologado para circular na cidade e em estradas públicas alguma vez ousou almejar, sendo que a nova “bomba” do construtor britânico está disponível na variante Coupé, com carroçaria fechada, bem como Spider, o descapotável da gama.
Estas duas preciosidades são equipadas com impressionante 6.5 V12 atmosférico concebido pela Cosworth e capaz de atingir 11.000 rpm, um feito único para um motor destas dimensões e capacidade, que vê a sua potência complementada por um sistema KERS. Este dispositivo, similar aos que equipam os F1 modernos (concebido pela Rimac), regenera energia nas travagens para alimentar nas acelerações os motores eléctricos que complementam o V12, elevando assim a potência dos 1014 cv da unidade a combustão para 1155 cv de potência total.
Um coleccionador britânico adquiriu um Valkyrie Coupé e outro Spider, idênticos em mecânica, chassi e carroçaria, diferenciando-se apenas por pela ausência de tejadilho na versão aberta. Para se tornar proprietário destas beldades, o fã da Aston Martin, cuja identidade não foi revelada, terá despendido cerca de 7 milhões de euros, dependendo da lista de opcionais com que decidiu embelezar os seus dois hiperdesportivos, de que apenas vão ser fabricadas 150 unidades em versão Coupé e 85 Spider, a que se vão juntar mais 25 unidades de uma versão apenas para pista do Coupé, denominada AMR Pro.
Mas não é a primeira vez que o dono destes dois Valkyrie adquire um Aston Martin, uma vez que já anteriormente se tinha tornado proprietário de um Aston Martin DB5, um coupé que já vimos nos filmes de James Bond, fabricado entre 1963 e 1965, de que apenas foram produzidas 887 unidades e, entre elas, apenas 700 com volante à direita. Este que é um dos modelos clássicos mais emblemático do construtor inglês tem hoje um valor médio próximo de 750.000€. Entre outras obras de arte sobre rodas, o orgulhoso proprietário dos dois Valkyrie possui igualmente na garagem um Ferrari Daytona SP3, de que somente 599 unidades foram produzidas, com um valor unitário de 2 milhões de euros.