As rotundas surgiram para fazer fluir mais rapidamente o trânsito, evitando, por um lado, os frequentes acidentes nos cruzamentos e, por outro, as limitações impostas pelos semáforos. Mas começaram a ser elas próprias um problema, à medida que o volume de tráfego obriga a um maior número de faixas de rodagem e, com elas, ocorrem os pequenos acidentes que fazem parar o trânsito que era suposto ajudarem a fluir mais rapidamente. Os especialistas nesta matéria apontam as “turbo rotundas” como a solução.
À medida que aumenta o número de saídas de uma rotunda, bem como o respectivo número das faixas que circulam em torno de um ponto central, os condutores tendem a mudar de faixa mais frequentemente, tentando primeiro aproximar-se da zona central onde o trânsito flui mais rapidamente, para depois rumar às faixas mais próximas da periferia na aproximação à saída pretendida. Este constante trocar de faixa para a esquerda e para a direita gera acidentes, pequenos toques que perturbam o trânsito e, por vezes, chegam mesmo a pará-lo.
O conceito das rotundas tem vindo a evoluir, agindo sempre sobre as separações das faixas para desviar da rotunda central a via que conduz à primeira saída, para mais recentemente começarem a aparecer as “turbo rotundas”. Nos EUA, o primeiro exemplo desta solução surgiu na Florida, para agora o segundo ter sido apresentado na Califórnia, um projecto de 14,9 milhões de dólares destinado a distribuir o trânsito de forma mais célere e, sobretudo, com menor probabilidade para provocar acidentes.
As “turbo rotundas” surgiram pela primeira vez nos Países Baixos, nos anos 90, devendo a sua denominação à forma em espiral, com os separadores entre faixas a serem ligeiramente elevados para desincentivar as mudanças de linha. Esta solução não visa aumentar a velocidade média dos veículos, mas sim reduzir a probabilidade de acidente. Veja em baixo como o sistema funciona.