O Departamento de Defesa dos EUA vai iniciar uma investigação independente sobre duas hospitalizações, mantidas em segredo, do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, que sofre de cancro de próstata.
“O objetivo desta investigação é estudar os papéis, processos, procedimentos, responsabilidades e ações relacionadas com os internamentos do secretário da Defesa entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024”, de acordo com um memorando interno esta quinta-feira divulgado.
Lloyd Austin, 70 anos, foi diagnosticado com cancro da próstata no início de dezembro, tendo sido operado no dia 22 de dezembro, sob anestesia geral, e voltando a ser internado a partir de 1 de janeiro devido a complicações.
Este diagnóstico e estes dois internamentos só foram comunicados às altas autoridades do país, a começar pelo Presidente Joe Biden, nos últimos dias, o que provocou indignação na imprensa e entre os republicanos, em pleno ano eleitoral.
A investigação do Pentágono — que será liderada por um inspetor-geral independente — também deverá avaliar se os procedimentos atuais do Departamento de Defesa são “suficientes para garantir notificações apropriadas e oportunas e transferência eficaz de poder em caso de doença”, de acordo com o memorando interno.
A polémica, embaraçosa para Biden, surge num momento em que a principal potência militar mundial está envolvida em vários conflitos importantes, desde a Ucrânia ao Médio Oriente.
Apesar de a Casa Branca ter admitido que esta situação “não era ideal”, o Presidente mantém a confiança no seu chefe do Pentágono, de acordo com os seus porta-vozes.
No entanto, na quarta-feira, a Casa Branca também ordenou uma revisão das regras aplicáveis em caso de incapacidade de altos funcionários.