Pelo menos oito pessoas morreram em bombardeamentos aéreos realizados, esta quinta-feira, na província de Al-Sueida, no sul da Síria, informaram duas organizações não-governamentais (ONG), que ligaram os ataques a uma campanha da Jordânia contra o tráfico de drogas.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse, num comunicado, acreditar que o ataque no sul da Síria terá sido realizado pelos jordanos.
O observatório, sediado no Reino Unido e com uma vasta rede de colaboradores no terreno, afirmou que oito pessoas morreram nestes bombardeamentos.
Já a rede de ativistas locais AlSueida24 explicou, num comunicado, que aviões atacaram duas zonas diferentes da aldeia de Arman, perto da fronteira com a Jordânia, durante a madrugada desta quinta-feira, matando 10 pessoas — três pessoas numa primeira casa e sete membros da mesma família numa outra residência.
Entre as vítimas da segunda casa estão duas raparigas menores de 5 anos e duas pessoas permanecem presas sob os escombros, incluindo uma idosa, confirmou um familiar a AlSueida24.
A rede de ativistas considerou que o bombardeamento foi “provavelmente” realizado pela força aérea da Jordânia.
O observatório afirmou que, na noite de quarta-feira, um armazém na cidade de Melh também foi bombardeado, mas só foram registados danos materiais.
Até ao momento, as forças jordanas já realizaram outras duas operações contra o tráfico de droga em território sírio, segundo dados do Observatório.
Amã não costuma assumir publicamente a responsabilidade por este tipo de ações no país vizinho.
A Jordânia é um importante destino e ponto de trânsito do estimulante sintético “captagon”, um tipo de anfetamina, que é produzido na Síria em grande escala.