O presidente do PSD defendeu, esta quinta-feira, que as listas da AD se distinguem das do PS pelo “espírito de renovação” e capacidade de atrair cidadãos independentes, salientando que a coligação também já apresentou mais propostas que os seus adversários.
Luís Montenegro falava aos jornalistas, depois de entregar no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa a lista dos candidatos por este círculo da Aliança Democrática (AD, que junta PSD, CDS-PP e PPM nas legislativas antecipadas de 10 de março).
“As nossas listas, ao contrário do que acontece com o PS, incorporam um espírito de renovação e também um espírito de acolhimento da capacidade da nossa sociedade através de vários cidadãos independentes, como é o caso da lista de Lisboa e vão enriquecer a nossa proposta”, defendeu.
Na entrega das listas, Montenegro, que encabeça a lista por Lisboa, esteve acompanhado do vice-presidente do CDS-PP, Paulo Núncio, número quatro na lista, do mandatário por Lisboa, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e de alguns candidatos por este círculo, como Ana Paula Martins, antiga bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e presidente demissionária do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Alexandre Homem de Cristo, investigador e especialista em educação, ou o líder da JSD, Alexandre Poço, todos por lugares elegíveis.
Montenegro cabeça de lista da AD em Lisboa. Miguel Guimarães pelo Porto
“Este é o momento para reforçarmos a nossa convicção de que fomos capazes de entregar aos eleitores listas com muita capacidade política, muita capacidade técnica, muito apetrechadas de recursos humanos, quer partidários, quer da sociedade”, salientou.
O objetivo, explicou, é “ter uma bancada que suporte as políticas do Governo e possa ser um contributo positivo para a execução do programa de Governo”.
PSD e CDS-PP aprovaram a 15 de janeiro, por unanimidade em Conselhos Nacionais dos dois partidos, as listas de candidatos para as eleições legislativas antecipadas de 10 de março.
“Somos também a candidatura que tem avançado de forma mais significativa e consistente com as nossas propostas políticas”, considerou Montenegro.
O líder do PSD realçou que, na véspera, o partido apresentou o seu programa económico, que contém “não só o cenário macroeconómico como um conjunto de transformações e reformas estruturais que visam dar ao país condições para um crescimento económico muito mais robusto”.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 7 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas vai decorrer entre 25 de fevereiro e 8 de março e o prazo para a entrega das listas de candidatos a deputados termina na próxima segunda-feira.