Após a saída de José Mourinho, o adeus de Tiago Pinto. Menos de duas semanas depois de toda a convulsão que terminou com o despedimento do treinador português e a aposta (em princípio, de forma interina) no antigo capitão Daniele de Rossi, a Roma defrontava fora a Salernitana na tentativa de dar continuidade ao triunfo no Olímpico com o Verona ao mesmo tempo que trabalhava nas últimas operações no mercado de transferências antes da saída do diretor geral dos giallorossi. Com o lateral Angeliño a caminho do clube por empréstimo do RB Leipzig depois da passagem pelos turcos do Galatasaray, era na parte desportiva que se iam centrar as atenções até pelas indicações deixadas pelos romanos no particular com o Al Shabab.

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Com muitas poupanças à mistura e a aposta de sucesso em João Costa, brasileiro de 18 anos que se estreou na primeira equipa com um golo no triunfo por 2-1 diante do conjunto saudita carimbado nos minutos finais por Romelu Lukaku, a Roma mostrou que tem plantel para fazer mais do que tem feito esta temporada e ia agora a Salerno procurar um triunfo que valesse a subida ao quinto lugar provisório da Serie A somente a um ponto da Atalanta com mais um encontro realizado. E De Rossi, que sentiu ainda os efeitos da onda de apoio a José Mourinho depois da dispensa do português, queria também continuar a justificar a aposta.

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“Tenho curiosidade com esta deslocação, parece-me um estádio surpreendente. Surpreende-me que a equipa da Salernitana esteja no lugar que está na tabela [última posição] porque tem um conjunto de nível. Temos muito respeito por eles mas jogaremos pelos nossos adeptos. Se somos uma equipa de bandidos, como dizia José Mourinho? Como slogan gosto disso mas no futebol é necessário também ganhar jogos com malícia competitiva. Mas sim, quero que seja uma equipa de bandidos. Vejo aqui jogadores com personalidade, o Cristante e o Spinazzola ganharam um Europeu fora. Há momentos difíceis na temporada mas não acho que tenha um plantel com pouco carácter”, defendera o técnico na antecâmara do encontro.

Se já na altura da dispensa de Mourinho se falara de algumas opções para o banco que não Daniele de Rossi, como Antonio Conte (que nesta altura está sem clube) ou Thiago Motta (Bolonha, a revelação da Serie A), os dias que marcaram a antecâmara da partida trouxeram mais possibilidades em forma de “bomba” com o Il Messaggero a escrever que Jürgen Klopp, que anunciou a saída do Liverpool no final da temporada, é uma hipótese ponderada por Dan Friedkin, proprietário dos reds. Nomes são muitos mas o presente passa pelo antigo capitão, que chegava à Roma com três vitórias em 17 jogos pela SPAL após ter sido adjunto de Roberto Mancini na seleção campeã europeia em 2020 e conseguiu agora somar o segundo triunfo seguido.

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Depois de uma primeira parte com poucas oportunidades e onde a Salernitana até foi criando mais perigo, a Roma precisou de menos de 15 minutos para resolver a questão e com algumas das “conquistas” de Tiago Pinto a brilharem: Dybala, que chegou a custo zero da Juventus, inaugurou o marcador de grande penalidade (51′) e Lorenzo Pellegrini, o capitão que renovou contrato até junho de 2026 apesar do interesse de vários clubes europeus, aumentou para 2-0 (66′). O conjunto de Salerno ainda arriscou tudo, reduziu por Kastanos (70′), carregou até ao fim mas não impediu novo triunfo dos giallorossi, que ascenderam ao quinto lugar e conseguiram ganhar pela primeira vez dois jogos consecutivos desde… o final de outubro.