A Al Jazeera está a avançar a descoberta de uma vala comum com mais de 30 corpos num pátio de uma escola no norte da Faixa de Gaza. Testemunhas relatam sinais claros de “execução”. “Quando estávamos a limpar, deparámo-nos com um monte de entulho no pátio da escola. Ficámos chocados quando descobrimos que as dezenas de cadáveres estavam enterrados debaixo deste monte”, relatou um homem à Al Jazeera esta quarta-feira. “No momento em que abrimos os sacos de plástico pretos, encontrámos os corpos, já em decomposição. Estavam vendados, com as pernas e as mãos atadas”, acrescentou.

“Foram mortos com os olhos vendados e com as mãos atadas, o que constitui uma prova clara de que foram executados… das formas mais horríveis”, afirma a mesma testemunha. O ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano já veio, através do Facebook, apelar à formação de uma equipa de investigação internacional para analisar as acusações de que as forças israelitas executaram prisioneiros. Além do comunicado, divulgou fotografias alegadamente captadas na escola em que a vala comum foi identificada.

O ministério dos Negócios Estrangeiro palestiniano afirma que a descoberta “reflete a dimensão da tragédia a que estão expostos os civis palestinianos, os massacres em massa e as execuções, mesmo depois de detidos, em flagrante e grosseira violação de todas as normas e leis internacionais relevantes.”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Forças israelitas disfarçam-se de médicos e matam três militantes do Hamas em hospital na Cisjordânia. Ataque “não ficará sem resposta”

O gabinete de imprensa do governo do Hamas também reagiu e apelou às organizações de defesa dos direitos humanos para que “documentem este crime horrível”. Israel continua a “exterminar” o povo palestiniano, sem ter em conta as decisões do Tribunal Internacional de Justiça, que “exigiu que se pusesse termo ao crime de genocídio e limpeza étnica”, afirmou a mesma fonte no Telegram.