As baixas médicas apresentadas por 19 militares da GNR, em diversas regiões do Norte do país, foram validadas pelos serviços clínicos do Comando Territorial do Porto da GNR. A notícia foi esta terça-feira avançada pelo Jornal de Notícias, que detalha que os militares, que foram convocados por WhatsApp, pertenciam aos postos de Amares, Guimarães, Terras de Bouro, Riba D’Ave, Vila Nova de Famalicão, Vila Verde e Caldas das Taipas.

Ao Observador, a porta-voz da GNR, tenente-coronel Mafalda Almeida, diz que “não houve [deteção de] situação anormal”, mas não confirma quantos militares viram a baixa validada. Por outro lado, afirma que a baixa de alguns foi prolongada, enquanto outros já regressaram ao serviço, no âmbito de um “rastreio de saúde dos militares” que a GNR tem em curso neste momento.

O que quisemos garantir nesta altura é que atestamos o estado de saúde dos nossos militares, dado o volume de baixas anormal”, explica a porta-voz da GNR.

De acordo com o Jornal de Notícias, as convocatórias de apresentação na junta médica terão incluído militares com testes positivos à Gripe A. César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG), disse que a validação das baixas médicas “vem confirmar que o ministro [José Luís Carneiro] estava errado quando falava em baixas fraudulentas”.

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O protesto da PSP e da GNR por um suplemento de missão idêntico ao que foi atribuído à Polícia Judiciária levou ao adiamento do jogo entre Famalicão e Sporting, que se deveria ter realizado este sábado, após um número “não habitual” de polícias ter apresentado baixa médica.

Nesse fim de semana, depois de uma reunião com as chefias quer da PSP quer da GNR, o ministro da Administração Interna disse que o direito à manifestação é legítimo “mas tem limites” e informou que “todos os indícios” que possam ligar o “incitamento à insubordinação” das forças policiais a “movimentos extremistas” iam ser participados ao Ministério Público.

Administração Interna vai participar ao Ministério Público “todos os indícios” que liguem insubordinação a atos extremistas