A África do Sul registou 7.710 homicídios no último trimestre de 2023, um aumento de 2.1% em relação ao mesmo período de 2022, anunciou esta sexta-feira o ministro da Polícia, Bheki Cele.

Na apresentação à imprensa das estatísticas trimestrais do crime no país, o governante sul-africano precisou que 7.710 pessoas foram assassinadas no período de 1 de outubro a 31 de dezembro de 2023.

O ministro da Polícia sul-africana considerou “perturbador e preocupante” que a taxa de homicídio tenha aumentado 2,1% no último trimestre do ano, significando um aumento de 159 vítimas mortais.

Entre as províncias mais afetadas por este tipo de crime no país, destaca-se Gauteng, onde se situa Joanesburgo, a capital económica, e Pretória, a capital do país; o Cabo Ocidental, KwaZulu-Natal e de Cabo Oriental, indicou o ministro sul-africano, salientando que mais de 4.880 pessoas foram detidas por homicídio.

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Cele manifestou também preocupação com o crime de sequestro por resgate que o país enfrenta, com ligações ao vizinho Moçambique, considerando que se “tornou uma mercadoria lucrativa para o crime organizado na África do Sul”.

África do Sul registou 4.300 sequestros em três meses

“Mais de 300 suspeitos ligados a estes sequestros foram detidos nos últimos dois anos”, afirmou.

Todavia, o governante sul-africano destacou que, no mesmo período, a África do Sul registou um decréscimo na ordem de 11 casos no número de assaltos à mão armada a veículos de transporte de que totalizaram 46 incidentes.

Os assaltos reportados a instalações comerciais registaram uma queda de 5,9%, enquanto que os assaltos a residências diminuíram 4,4% no último trimestre, segundo os dados da polícia sul-africana divulgados hoje.

As violações de mulheres e crianças “diminuíram ligeiramente”, na ordem de 1,7%, comparativamente a período idêntico no ano anterior, salientou.

Bheki Cele afirmou ainda que a polícia sul-africana deteve mais de 1.250 mineiros ilegais durante os últimos três meses de 2023.

Sobre o narcotráfico, o ministro da Polícia sul-africano destacou quatro “grandes apreensões” de droga entre outubro e dezembro do ano passado, sendo três no porto da cidade de Durban, sudeste da África do Sul, onde foi apreendida cocaína no valor global de 300 milhões de rands (14,7 milhões de euros); e uma quarta apreensão de cocaína no porto de Gqerberha (antiga Port Elizabeth) no valor de 65 milhões de rands (3,1 milhões de euros).