O ex-preso político cubano Juan Carlos Herrera Acosta, membro do Grupo dos 75, um movimento de ativistas presos em Cuba em 2003, morreu no sábado em Syracuse (Nova Iorque, EUA), vítima de ataque cardíaco.
A morte de Herrera Acosta — um opositor do castrismo e que foi condenado a 20 anos de cadeia em abril de 2003, durante a chamada Primavera Negra de Cuba — provocou “consternação entre os seus amigos e seguidores”, anunciou hoje a TV Martí, um serviço de televisão internacional financiado pelo Governo dos EUA.
Um dia antes da sua morte, o dissidente cubano no exílio condenou o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pela morte do opositor Alexei Navalny.
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Num vídeo publicado nas suas redes sociais, Herrera Acosta denunciou a morte de Navalny como mais um exemplo do “surgimento de um novo Estaline e de um novo Hitler”, referindo-se a Putin.
Herrera Acosta, cumpriu pouco mais de sete anos de prisão em Cuba, onde soube que a sua única filha tinha morrido num acidente de viação.
Em agosto de 2010 viajou para Madrid com o jornalista Fabio Prieto Llorente, após a sua libertação nesse mesmo ano, que tinha sido obtida num esforço comum do Governo de Espanha, da Igreja Católica e do Governo cubano de Raúl Castro.
Depois de um período em Espanha, Herrera Acosta mudou-se para os Estados Unidos em 2011, onde continuou a lutar contra o regime cubano.
Os membros do Grupo dos 75 foram libertados entre 2010 e 2011, após um diálogo mediado pela Igreja Católica e pelo Governo espanhol, permitindo que vários se exilassem e outros permanecessem em Cuba.