Luca Napolitano, CEO da Lancia — um dos três construtores premium da Stellantis, em companhia da Alfa Romeo e DS —, revelou finalmente ao público o modelo que colocará a marca italiana de novo na ribalta. A Lancia, que nos trouxe modelos clássicos como o Aurelia e o Flamina, além dos desportivos mais recentes como os Stratos, 037, Delta Integrale e Deltona, tem uma estratégia para regressar ao convívio com os grandes construtores europeus que passa por recuperar o Ypsilon, curiosamente o seu modelo mais pequeno e acessível.



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Se o antigo Ypsilon era um citadino, com cerca de 3,8 m de comprimento e concebido há 13 anos, o novo Ypsilon é ligeiramente maior, assumindo-se como um utilitário, com mais de 4 metros (na realidade 4,08 m) e partilhando a base do Grupo Stallantis, a mesma que serve, por exemplo, o e-208. Isto significa que, em relação ao actual Ypsilon (que apenas se comercializa em Itália com motorizações a gasolina), o novo oferece mais 9 cm em largura, para acomodar mais facilmente três passageiros atrás, e mais 15 cm entre eixos, para garantir que há mais espaço para as pernas de quem segue nos assentos posteriores, bem como mais volume para bagagens na mala.

Chega em meados de 2024, mas a Portugal só em 2025

Além de fotografias mais pormenorizadas do exterior do interior, tornando evidentes mais pormenores que até aqui não eram conhecidos, a Lancia revelou a data em que os potenciais compradores poderão conduzir o novo Ypsilon, modelo pequeno, mas que o construtor aponta como o veículo que marca o seu renascimento. E os que habitam nos Países Baixos (sede da Stellantis) e Bélgica poderão receber já o seu Ypsilon em meados de 2024.

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França e Espanha iniciarão a comercialização do novo Lancia ligeiramente mais tarde, mas ainda durante 2024, para Portugal alinhar pela Alemanha e um grupo de países que terão de esperar até ao início de 2025 para conduzir o novo modelo. Os preços ainda não foram revelados, mas o construtor sempre foi avançando que está a propor em Itália a versão de lançamento deste eléctrico italiano, a Edizione Limitata Cassina, com mais equipamento e necessariamente mais onerosa, por 9800€ de entrada e 35 mensalidades de 200€, num contrato a três anos e 30.000 km.

A Lancia não avança ainda o preço para o Ypsilon eléctrico, mas é fácil concluir que, em condições normais, devido ao seu posicionamento como uma das três marcas premium da Stellantis, o construtor italiano deverá apontar para um valor em torno dos 40.000€. Isto pela necessidade de se posicionar acima de duas marcas reputadas, mas “não premium” do grupo, a Peugeot e a Opel, que comercializam os seus e-208 e Corsa Electric, com bateria de 50,8 kWh (úteis) e motor com 156 cv, por valores que arrancam nos 39.310€ (para o e-208 GT) e 36.720€ (para o Corsa GSe).

Lancia Ypsilon só é revelado em Fevereiro, mas já o pode ver aqui

Resta saber até que ponto as recentes reduções de preços, bem como a chegada ao mercado de eléctricos mais baratos deste segmento, um deles pela mão da própria Stellantis, não vão levar a Lancia – e outras marcas  – a rever a estratégia de preços. Um Peugeot e-208 com 156 cv e por 39 mil euros é um valor similar ao exigido por um Renault Mégane E-Tech ou por um Tesla Model 3 e bem superior aos Citroën ë-C3 e Renault 5, que chegarão ao nosso país antes do Ypsilon.

Só com 156 cv e autonomia de 403 km

O novo Lancia será apenas proposto com a mecânica mais avançada da Stellantis, que associa o motor com 156 cv (mais eficiente e económico do que o tradicional com 136 cv, reservado para as versões mais acessíveis) e a bateria com maior capacidade útil, com 51 kWh (que deverá ser a mesma com 50,8 kWh instalada nos e-208 e Corsa Electric). Com esta mecânica, o Ypsilon anuncia uma autonomia de 403 km (em WLTP).

Lancia lança Ypsilon com série especial (limitada a 1906 unidades)

A capacidade de carregamento é de 100 kW em corrente contínua (DC), pelo que a bateria do Lancia poderá ir de 20% a 80% em 24 minutos ou armazenar energia para percorrer mais 100 km em 10 minutos. E, à semelhança dos outros modelos da Stellantis com esta mecânica, também o Ypsilon anuncia consumos de 14,3 kWh/100 km, um valor baixo apesar de possuir mais equipamento e pneus mais generosos.

Resta aguardar pelas especificações das outras versões, ditas normais, do Ypsilon, que arrancarão a fase de encomendas depois de esgotada a série de lançamento, a Edizione Limitata Cassina, de que apenas serão produzidas 1906 unidades, em celebração do ano em que o construtor foi fundado.

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