As Filipinas esperam iniciar “muito em breve” negociações para um acordo de comércio livre com a União Europeia, afirmou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros filipino.

O país do Sudeste Asiático, fortemente dependente da China nas trocas comerciais, já iniciou discussões preliminares com a UE e pretende reforçar as parcerias com outros países para “ajudar a economia [filipina] a tornar-se mais resistente”, acrescentou Enrique Manalo, em entrevista à agência de notícias France-Presse.

“Esperamos (…) iniciar muito em breve negociações de comércio livre com a UE”, disse, à margem da cimeira que assinala o 50.º aniversário das relações entre a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a Austrália.

Há meses que Manila mantém discussões preliminares com vista a um acordo de comércio livre com a UE.

Há quase 10 anos, uma tentativa anterior de acordo falhou devido à guerra mortal contra a droga conduzida pelo ex-Presidente Rodrigo Duterte (2016-2022).

“O que pretendemos é uma maior resiliência económica”, afirmou o ministro, sublinhando a importância das Filipinas se poderem adaptar a “mudanças súbitas”, sejam elas de origem humana ou natural.

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“Uma maior segurança económica e uma maior resiliência económica contribuem” para a “segurança nacional” filipina, salientou.

A UE e as Filipinas vão procurar, em particular, reforçar a cooperação no domínio dos minerais essenciais, disse o ministro, através das cadeias de abastecimento existentes, para aumentar, ao mesmo tempo, a atividade de transformação nas Filipinas.

Por outro lado, Enrique Manalo disse que Manila pede a Pequim para “deixar de assediar” as embarcações filipinas no mar do Sul da China, onde ocorrem frequentemente disputas marítimas entre os dois países.

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Manila quer resolver pacificamente as disputas, depois de uma série de incidentes entre os dois países que reivindicam áreas do mar do Sul da China, considerou.

“Se deixassem de nos assediar, e talvez tomassem outras medidas, não haveria informações a comunicar”, disse o governante,

A China e as Filipinas estão em conflito sobre a soberania de várias ilhas e atóis no mar do Sul da China, que Pequim reivindica quase na totalidade por “razões históricas”, disputando também territórios com Malásia, Vietname, Taiwan e Brunei.

Estas águas são uma zona estratégica através da qual circula um terço do comércio mundial e onde se encontram importantes recursos pesqueiros e energéticos.