António Lobato, o mais longo prisioneiro de guerra português, morreu esta quinta-feira, no hospital onde estava internado, em Lisboa, a escassos dias de completar 86 anos.
Um dos primeiros pilotos aviadores a chegar à Guiné, em julho de 1961, António Lobato foi capturado pela guerrilha do PAIGC (Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde) em 1963.
Atacado com golpes de catana, na face e no corpo, António Lobato, então sargento, sobreviveu e foi enviado para uma prisão na Guiné Conakry.
[Ouça aqui o primeiro episódio da série em podcast “O Sargento na Cela 7”]
Ao longo de sete anos e meio foi mantido em cativeiro, até que, a 22 de novembro de 1970, sete anos e meio depois, foi finalmente libertado pela Mar Verde, a operação secreta que o Estado Novo organizou para o resgatar a ele e aos outros prisioneiros de guerra portugueses então detidos na Guiné Conakry.
Nascido a a 11 de março de 1938, em Sante, uma pequena aldeia nos arredores de Melgaço, António Lourenço de Sousa Lobato contou, em 2022, toda a sua história de vida ao Observador, dando origem ao primeiro Podcast Plus, “O Sargento na Cela 7”, uma série para ouvir em seis episódios, que estão disponíveis no Observador e em qualquer plataforma de podcast.