A oferta de motorizações com que o Opel Grandland é comercializado já é bastante completa, incluindo desde mecânicas exclusivamente a gasolina a opções híbridas plug-in (PHEV), sem esquecer uma alternativa a gasóleo. Mas o leque de opções alargou-se com a introdução de uma versão mild hybrid (MHEV) de 48V, ou seja, ligeiramente electrificada para baixar consumos e emissões. Trata-se de uma estreia para o Grandland, com a Opel a tirar partido do banco de órgãos da Stellantis e a conseguir, assim, alargar o leque de potenciais clientes. Sobretudo os que se deslocam muitas vezes em cidade, a baixa velocidade, situação em que este tipo de mecânica se revela mais “poupada”, uma vez que entra em acção o apoio eléctrico.
Proposto por valores que arrancam nos 41.167€, o Grandland Hybrid promete uma redução no consumo de combustível (e nas correspondentes emissões) em cerca de 15%. Isto quando comparado com a versão equivalente sem electrificação, o 1.2 Turbo com caixa automática de oito velocidades. Para o conseguir, o Grandland MHEV combina um motor turbo a gasolina de três cilindros, com 1,2 litros de cilindrada e 100 kW/136 cv de potência, com um motor eléctrico de 21 kW/28 cv e uma caixa automática de dupla embraiagem com seis relações electrificada. No coração do sistema de 48V está uma bateria, que se encontra sob o banco dianteiro esquerdo, a qual é responsável por alimentar a unidade eléctrica e só é recarregável em circulação, com a regeneração de energia conseguida nas travagens e desaceleração. Como é habitual neste tipo de conjuntos motopropulsores, o acumulador de iões de lítio é pequeno (0,9 kWh, dos quais apenas 0,43 úteis), pelo que em cidade e a baixas velocidades não é possível percorrer mais do que 1 km em modo exclusivamente eléctrico. Porém, como o tráfego citadino também favorece a regeneração de energia, o mais provável é contar com a ajuda eléctrica para executar grande parte das manobras. Isto permite ao C-SUV da Opel reivindicar um consumo médio de 5,5 l/100 km e emissões de CO2 de 124 g/km, valores de acordo com o protocolo europeu WLTP.
De resto, como o sistema híbrido é bastante compacto (bateria sob o banco e motor eléctrico integrado na caixa de velocidades), a habitabilidade desta versão não destoa das restantes, o mesmo acontecendo à capacidade da bagageira, que arranca nos 514 litros e, no limite, chega aos 1652. Já se a solicitação for rebocar, o Grandland MHEV puxa até 1250 kg.
Quanto a prestações, a velocidade máxima alcança-se aos 200 km/h, com o Grandland Hybrid a superar a fasquia dos 100 km/h com arranque parado ao fim de 10 segundos.