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A Associação Empresarial de Portugal (AEP) considerou esta terça-feira que instabilidade política irá afetar a economia portuguesa e defende que o país precisa de equilíbrio dada a conjuntura que enfrenta.
Em comunicado, associação assinala que face aos resultados alcançados nas eleições legislativas de domingo, “as condições de partida não são as ideais e podem não oferecer a robustez que a economia nacional necessita”.
Para a AEP, “a instabilidade política afetará a economia em diversos aspetos, designadamente ao nível de uma menor celeridade na execução dos fundos europeus e de uma desconfiança dos investidores, condicionando a atratividade do nosso país na captação de investimento, nacional e estrangeiro”.
Destacando que a diferença entre o primeiro e o segundo partido mais votados “não é significativa”, acreditam “que as condições de governação serão um contínuo desafio”, mas salientam que as eleições antecipadas resultaram de um Governo com maioria parlamentar, “o que não garantiu a Portugal a expectável estabilidade governativa”.
“Qualquer que seja o contexto, o país precisa de equilíbrio. Numa conjuntura tão delicada como a que enfrentamos essa necessidade é ainda maior”, refere.
Defende que os desafios face ao contexto nacional e internacional “devem merecer uma particular atenção por parte das políticas públicas, por forma a elevar o crescimento e desenvolvimento da economia portuguesa, do seu potencial”.
“É com séria preocupação que a AEP olha para a situação da economia portuguesa, num período que coincide com a aplicação da maior dotação de fundos europeus”, vinca.
A associação garante que irá continuar a fazer chegar ao Governo as suas propostas, “em defesa de políticas direcionadas à melhoria da produtividade, da competitividade da economia portuguesa e da própria coesão social”.
“Perante novos cenários de governação é expectável que se reforcem novas dinâmicas de soluções, perante novos e velhos desafios, que a AEP tem vindo a identificar como indispensáveis à aceleração do nosso desenvolvimento”, conclui.
A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).
A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.
Estão ainda por apurar os quatro deputados pela emigração, o que só acontece no dia 20 de março. Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.