Os sindicatos representativos dos trabalhadores da EDP rejeitaram esta quarta-feira uma proposta da elétrica, que classificam como um “ato de gestão”, que pode levar a “precipitações” por parte dos colaboradores, prometendo endurecer a luta, adiantou à Lusa o Sindel.
“Não houve avanços. A empresa chamou os sindicatos e apresentou uma última proposta. Comunicou um ato de gestão, que não foi aceite por nenhum sindicato”, disse à Lusa o secretário-geral do Sindicato Nacional da Indústria e Energia (Sindel), Rui Miranda, após a reunião com a EDP.
O sindicalista avisou que os ânimos estão a ficar “inflamados” entre os trabalhadores, o que pode levar a “algumas precipitações”.
De acordo com o sindicato, afeto à UGT, a elétrica deu por terminado o processo negocial, não estando previstas mais reuniões.
Contudo, a EDP deverá ser chamada a reuniões de conciliação no Ministério do Trabalho.
Rui Miranda referiu ainda ter recebido um documento assinado por 250 trabalhadores dos quadros superiores, descontentes com a EDP.
“A EDP está a fugir às boas relações de concertação. Os quadros superiores também já estão muito chateados e, muitos deles, já pensam em abandonar a empresa”, sublinhou.
Perante este cenário, os sindicatos que representam os trabalhadores da EDP vão reunir, em Coimbra, prometendo “endurecer as posições que já foram adotadas”.
Ainda não foi definida data e hora para este encontro, que deverá ser aberto também a todos os trabalhadores e à comunicação social.
Este ano, os trabalhadores da EDP já cumpriram dois dias de greve (24 de janeiro e 8 de março), a par da greve ao trabalho suplementar.
A Lusa contactou a EDP e aguarda uma resposta
Trabalhadores da EDP rejeitam proposta da empresa e ameaçam endurecer formas de luta