O Ministério do Interior chileno demitiu e substituiu o diretor do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), criticado pela reação aos incêndios que em fevereiro mataram 131 pessoas, adianta a agência Europa Press.
Segundo aquela agência de notícias, Álvaro Hormazábal foi criticado pelo chefe de Estado do Chile, Gabriel Boric, depois de ter tido conflitos com os responsáveis dos municípios da região de Valparaíso, atingida no início de fevereiro por incêndios que fizeram também centenas de desaparecidos e milhares de desalojados.
“Não pode haver uma instituição estatal a culpar os municípios pelos problemas […]. Aqui temos de trabalhar juntos e colocar-nos à disposição daqueles que estão no território o dia inteiro”, defendeu Gabriel Boric, citado pela Europa Press.
De acordo com uma nota do Ministério do Interior chileno, divulgada pelo jornal La Tercera e citada pela Europa Press, “o Governo pediu ao diretor nacional Senapred, Álvaro Hormazábal, que se demita, com efeitos a partir de segunda-feira, 18 de março de 2024”.
O cargo será assumido por Alicia Cebrián, atualmente diretora adjunta de Redução do Risco de Catástrofes.
“A decisão insere-se na necessidade de dar um novo impulso à agência no contexto das várias emergências que o país teve de enfrentar”, refere a nota.
O Presidente chileno descreveu os incêndios, registados em pleno verão austral, como a “maior tragédia” que o país enfrentou desde o terramoto seguido de um maremoto em 2010, com 500 mortos.
As autoridades do Chile consideraram que os incêndios de Valparaíso foram os mais mortíferos da história recente daquele país.