O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi indiciado pela Polícia Federal dos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos num sistema de informação, no caso que investiga a alegada falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19, durante a pandemia, segundo a imprensa brasileira, como o G1.

O caso segue agora para o Ministério Público Federal, que irá decidir se dá continuidade à decisão da Polícia Federal ou se arquiva o processo.

Além do ex-Chefe de Estado, outras 16 pessoas foram indiciadas, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid ou o deputado federal Gutemberg Reis, ambos indiciados também por dois crimes de inserção de dados falsos e falsificação (no caso de Cid acrescenta-se o crime de uso indevido de documento falso). Também foram indiciados a mulher de Mauro Cid, Gabriela Santiago Cid, assim como o então secretário de Governo de Duque de Caxias e o assessor especial de Bolsonaro, Marcelo Costa Câmara.

O G1 escreve que o crime de associação criminosa prevê, no Brasil, pena de um a três anos de prisão, enquanto o de inserção de dados falsos em sistema de informação implica pena de dois a 12 anos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ao G1, o advogado de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, apenas apelidou como “lamentável” que a informação sobre a indiciação tenha sido divulgada.

Em maio do ano passado, a Polícia Federal lançou uma megaoperação por suspeitas de ligação de Jair Bolsonaro a uma rede de emissão de certificados de vacinação falsos. Segundo foi divulgado na altura, a Polícia acreditava que a informação sobre duas doses da Pfizer supostamente administradas a Jair Bolsonaro foram inseridas numa base de dados do Ministério da Saúde pouco antes de viajar para os EUA (onde ficou até final de março), precisamente para que pudesse fazer a viagem livremente.

Segundo o Correio Braziliense, esta terça-feira, a investigação acredita que foi criada uma organização criminosa para inserir dados falsos no certificado de vacinas de Jair Bolsonaro e familiares.

“Vai viajar para o exterior?” Após operação que visou Bolsonaro, Governo do Brasil usa “Zé Gotinha” para apelar à vacinação