O Classe G é o jipe mais radical da Mercedes, respeitado por ser robusto e equipado com um sistema de tracção integral que lhe permite ir praticamente a todo o lado. Agora a Mercedes está a completar o desenvolvimento de uma versão eléctrica, que se vai denominar EQG e que chegará ao mercado ainda em 2024, com os alemães a pretenderem tranquilizar os potenciais clientes sobre o desempenho do SUV a bateria. O objectivo é não só provar que o modelo mantém a capacidade de ultrapassar as dificuldades no todo-o-terreno que sempre caracterizou a versão com motor a combustão, como realçar que será (ainda) mais divertido de conduzir.



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Para cumprir este último intento, a Mercedes aproveitou os testes de inverno e uma deslocação ao Norte da Suécia e mostrou do que o EQG é capaz em pisos escorregadios. Na terra natal do CEO da marca, Ola Källenius, o novo SUV demonstrou uma mão-cheia de habilidades e revelou algumas das suas características técnicas.

O vídeo mostra o EQG a realizar um tank turn, manobra que foi vista pela primeira vez na Rivian R1T, mas que a Mercedes adoptou e apelida “G Turn”. Consiste em fazer o veículo rodar sobre si próprio, como se tratasse de uma manobra típica de um tanque de guerra com lagartas, o que só é possível se as rodas de um lado rodarem numa direcção e as do lado contrário na direcção inversa. Isto prova que o EQG monta um motor por roda, única forma de realizar esta manobra, que é muito mais uma habilidade do que um verdadeiro trunfo para utilizar todos os dias. Esta característica do G eléctrico já tinha sido vista nos primeiros protótipos, sendo agora evidente que irá ser proposta nos modelos de produção em série.

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As imagens não colocam o EQG em situações extremas de TT, mas sempre avançam que o G a bateria tem um ângulo de ataque de 32º e 35º de inclinação, o que é ligeiramente melhor do que a versão com motor de combustão, usufruindo ainda de uma distância ao solo de 250 mm, similar à das versões a gasolina ou a gasóleo. Alguns dos clientes poderão querer saber se o EQG consegue rivalizar com o Classe G com motores de pistões de movimento alternado, que montava três diferenciais (frontal, central e traseiro), todos eles bloqueáveis, para assegurar que basta uma roda com aderência para que o modelo se mova.

Será igualmente interessante saber se a Mercedes recorreu ao mesmo chassi das versões a combustão, opção mais económica, mas que poderá não conseguir evitar um incremento do peso, que já está nos 2640 kg com motor a gasolina. Certo é que será fácil ultrapassar a potência actual dos G tradicionais, que oferecem entre 370 cv do G 450d e os 585 cv do AMG G63, bem como os 4,3 segundos de 0-100 km/h que o mais potente dos G actuais reivindica.