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O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, denunciou esta sexta-feira que os mísseis utilizados pela Rússia nas últimas semanas para atacar as centrais térmicas ucranianas contêm componentes fabricados em países ocidentais e asiáticos.
“O inimigo está a atacar as centrais térmicas ucranianas com mísseis que contêm componentes de países ocidentais e asiáticos”, escreveu Yermak numa mensagem publicada na sua conta do Telegram.
O conselheiro e braço direito do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou para esta situação depois de a Rússia ter lançado na madrugada de quinta-feira mais de 40 mísseis contra o território da Ucrânia, onde o principal alvo do ataque foram as infraestruturas energéticas.
Os mísseis russos danificaram várias centrais elétricas e destruíram completamente a capacidade de produção da maior central térmica da região de Kiev.
No mês passado, a Rússia iniciou uma campanha agressiva de ataques contra o sistema energético ucraniano que, segundo o governo de Kiev, destruiu 80% da capacidade de produção de energia térmica da Ucrânia.
A Ucrânia tem-se queixado repetidamente de que os russos continuam a contornar as sanções internacionais em vigor que proíbem o fornecimento à Rússia destes componentes de fabrico ocidental e tem apelado aos EUA e à Europa para que tomem medidas mais duras para acabar com esta situação.
A guerra na Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma ofensiva militar com o pretexto de defender os territórios pró russos e “desnazificar” o país.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.