Cerca de 300 manifestantes desfilaram esta sexta-feira pelas ruas de Nápoles em protesto contra a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 na cidade do sul de Itália, com vários momentos de tensão com a polícia italiana.
Os manifestantes, grande parte estudantes, acusaram a polícia de agressões na manifestação, que contou com elementos do movimento ambientalista “Sexta-feira para o Futuro” e que também foi convocada a favor da Palestina.
Em frente à sede da Universidade Federico II foram colocadas faixas com as frases: “A guerra fora das universidades”, “Os fósseis fora da guerra” e ainda contra a petrolífera italiana Eni.
Os manifestantes tentaram aproximar-se do porto para apanharem um ferry para Capri, onde se realiza a reunião dos governantes do grupo das sete economias mais desenvolvidas do mundo, tendo a marcha sido repelida pela polícia de choque às portas do cais de Calata Porta di Massa.
Os chefes de diplomacia do G7 reiteraram esta sexta-feira a sua oposição a uma ofensiva militar israelita em Rafah e instaram Israel a garantir as condições para “resolver a crise humanitária devastadora e crescente” na Faixa de Gaza.
G7 reitera oposição a ofensiva em Rafah e pede ação humanitária na Faixa de Gaza
No final de uma reunião de três dias realizada na ilha italiana de Capri, os ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia (UE), reconhecem também “o papel crucial desempenhado pelas agências da ONU e por outros atores humanitários na prestação de assistência”, defendendo que deve ser permitido à UNRWA (agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos) desempenhar o seu “papel vital” na resposta humanitária.
Reiterando a forte condenação dos “ataques terroristas perpetrados pelo Hamas e outros grupos terroristas contra Israel” em outubro passado, os ministros do G7 sublinharam que “ao exercer o seu direito de se defender, Israel deve respeitar plenamente o direito internacional, incluindo o direito humanitário internacional”.