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O Ministério do Negócios Estrangeiros (MNE) recusou esta quinta-feira comentar os novos acordos firmados entre São Tomé e Príncipe e a Rússia, mas assegurou que não prejudicam a relação entre Portugal e o país africano.

A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) é uma organização de Estados soberanos, baseada na igualdade e no respeito mútuo, em que, em regra, não se fazem pronunciamentos públicos sobre atos de política externa de cada um dos seus Estados membros”, disse fonte do Ministério à CNN.

Nessas declarações, a mesma fonte do MNE destacou a defesa e a segurança como “pilares” da cooperação bilateral com o país africano, com “particular destaque para a segurança marítima no Golfo da Guiné”, sublinhado a parceria “multifacetada, intensa e sustentada” que Portugal mantém com o arquipélago.

Nesta semana, a agência de informações russa, Sputnik, adiantou que o país assinou um acordo de cooperação militar com São Tomé e Príncipe no dia 24 de abril. Entre as medidas, os dois Estados concordam em auxiliarem-se na formação de forças armadas, utilização de armas e equipamento militar, logística, e trocas de informações no combate ao terrorismo internacional.

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No documento citado pela agência, lê-se que o acordo, que entrou em vigor no dia 5 de maio, se manterá por “tempo indefinido” e “contribui para o reforço da paz e da estabilidade internacional”.

Apesar de ter sido celebrado pelo primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, que lembrou que o país já mantém tratados de modelo similar com outros países, ele recebeu críticas por parte da oposição do atual governo.

“Trata-se de um acordo que em momento nenhum ouvimos qualquer comunicado do Conselho de Ministros a fazer alusão. Um acordo desta envergadura, numa área bastante sensível e atendendo o contexto mundial neste momento, penso que exige interação entre os vários órgãos de soberania”, afirmou o Jorge Bom Jesus, líder da oposição são-tomense.