Siga aqui o liveblog sobre a guerra na Ucrânia
O secretário-geral da NATO defendeu esta segunda-feira que a China é o “principal país” facilitador da guerra da Rússia contra a Ucrânia e exigiu uma mudança de postura de Pequim.
“O principal país que está a possibilitar a agressão da Rússia contra a Ucrânia é a China. [Pequim] é de longe o maior parceiro comercial da Rússia”, disse Jens Stoltenberg, no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.
Numa intervenção por videoconferência, a propósito de uma cimeira da NATO sobre a juventude em Estocolmo (Suécia) e Miami (Estados Unidos), o secretário-geral referiu que Pequim está a “fornecer os componentes críticos” de que Moscovo precisa para “a sua tecnologia avançada”.
Trocas comerciais Rússia-China atingem recorde de 219 mil ME em 2023
Estes componentes são utilizados para “construir mísseis, drones [veículos não tripulados] e toda uma panóplia de coisas que são fulcrais na guerra contra a Ucrânia”, completou Stoltenberg.
O secretário-geral da Aliança Atlântica também apontou o dedo a Teerão e Pyongyang pelo fornecimento de drones e armazenamento, apelidando os três países de serem “os amigos” do Kremlin na Ásia: “São a chave para a capacidade [militar] da Rússia”.
“A China está metida em tudo, no ciberespaço, em África, a tentar controlar infraestruturas críticas nos nossos países”, acusou, exigindo a Pequim uma mudança de trajetória que contribua para a paz.
A caminho da cimeira de Washington, que assinala os 75 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg recordou que é necessário investir mais em defesa numa altura de profundas alterações geopolíticas.