O Presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu esta quarta-feira “declarar o estado de emergência na Nova Caledónia”, após motins que causaram três mortos e um polícia “gravemente ferido”, anunciou o gabinete presidencial, em comunicado.

“Toda a violência é intolerável e será objeto de uma resposta implacável para assegurar o regresso da ordem republicana”, acrescentou a presidência francesa após uma reunião de crise do Conselho Nacional de Defesa e Segurança sobre a situação neste arquipélago francês do Pacífico Sul.

Segundo o mesmo comunicado, “o Presidente da República reiterou a necessidade de retomar o diálogo político”.

Nos motins no arquipélago francês, um polícia ficou gravemente ferido com um tiro na cabeça, na zona de Plum (sul), noticiou esta quarta-feira a agência France Presse.

O arquipélago está a ser abalado, desde segunda-feira, por violentos tumultos, que causaram a morte de três pessoas e centenas de feridos, incluindo polícias.

Os principais partidos no território apelaram à “calma e à razão”.

“Apesar da situação insurrecional que vivemos nas últimas quarenta e oito horas, e porque somos chamados a continuar a viver juntos, apelamos solenemente a toda a população para que se acalme e seja razoável”, lê-se num comunicado conjunto da UC-FLNKS, a União Nacional para a Independência, ‘Les Loyalistes’, Rassemblement-LR e ‘Eveil océanien’.

O território mergulhou no caos devido à reforma constitucional que visa reformar a lista eleitoral, o que é contestado pelos apoiantes pró-independência.

O arquipélago regista há décadas tensões entre os indígenas Kanak, que procuram a independência, e os descendentes dos colonizadores que querem continuar a fazer parte de França.

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