O suspeito de esfaquear um homem, durante uma discussão, na madrugada de domingo, em Vila Real, ficou em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, após ter sido detido e presente a tribunal, disse nesta terça-feira o advogado de defesa.

Albano Cunha afirmou aos jornalistas, depois do arguido de 22 anos ter sido presente a primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Vila Real, que a defesa vai ponderar e analisar a medida de coação aplicada ao seu cliente, que vai ficar em casa com pulseira eletrónica.

No entanto esta foi, no seu entender, “uma medida compreensível dada a gravidade dos factos”.

O arguido, que foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real, está “fortemente indiciado” pela prática de um crime de homicídio tentado.

Os factos, de acordo com a judiciária, ocorreram na madrugada de domingo, numa artéria da cidade, quando o suspeito, “por motivos fúteis, no decurso de uma discussão, muniu-se de uma arma branca e golpeou o corpo da vítima, um homem com 23 anos”.

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A vítima sofreu ferimentos na zona abdominal e foi assistida no hospital de Vila Real.

Percebeu-se que afinal a culpabilidade do arguido terá um outro tipo de motivação (…) O arguido relatou ao tribunal a sua versão dos factos, relatou que estava a ser brutalmente espancado e, portanto, nessa consequência, aconteceu o que aconteceu”, acrescentou Albano Cunha.

Em julho de 2023, a PJ encontrou o arguido no interior de um poço numa propriedade agrícola, em Vila Real, dias depois de ter sido dado como desaparecido.

Quando foi encontrado, o homem encontrava-se consciente, mas bastante desidratado, tendo sido transportado para o hospital, onde recebeu tratamento.

Na altura, a PJ disse, em comunicado, que as diligências de investigação realizadas não revelaram indícios da prática de qualquer crime, relacionado com o desaparecimento.