Pelo menos 10 pessoas morreram e 160 foram raptadas na Nigéria durante um ataque de um grupo de homens armados, presumivelmente militantes do Boko Haram, avançam vários órgãos de comunicação internacionais. O ataque ocorreu na sexta-feira, numa aldeia remota do centro do país, mas só nas últimas horas as autoridades nigerianas divulgaram o incidente.

O ataque teve lugar na aldeia de Kuchi, no distrito de Munya, cerca das 17h30 de sexta-feira (menos uma hora em Lisboa), disse à CNN um oficial regional, Aminu Abdulhamid Najume. A maioria das pessoas raptadas são mulheres e crianças, sublinha a BBC. Entre os mortos estão um grupo de vigilantes que tinha a função de proteger aquela zona do país, onde o grupo terrorista Boko Haram atua com frequência.

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Os homens armados (cerca de 300) entraram em Kuchi em veículos motorizados e até passaram algum tempo a cozinhar, a fazer chá e a saquear casas antes de deixarem a aldeia, mais de duas horas depois. Aminu Abdulhamid Najume lembra que esta é já a quinta vez que a aldeia de Kuchi é atacada.

Até agora, as autoridades ainda não receberam nenhum contacto com qualquer exigência por parte do grupo armado que levou a cabo o ataque.

A Amnistia Internacional da Nigéria diz-se “profundamente preocupada” com os raptos e acusa as autoridades nigerianas de deixarem “as comunidades rurais do estado de Níger [uma região da Nigéria, no centro-leste do país] à mercê de homens armados que matam e sequestram pessoas diariamente”. Segundo a organização não-governamental, desde 2021 que a aldeia de Kuchi é atacada, com os homens armadps a exigirem “milhões de naira”, a moeda local, à população para não atacaram as comunidades.