Um homem de 59 anos morreu no México depois de ter sido infetado com o vírus H5N2, uma estirpe da gripe das aves, avançou a Reuters, citando a Organização Mundial de Saúde. O homem, residente na cidade do México, ainda chegou a ser hospitalizado mas acabou por morrer no final de abril. Ao que se sabe, não teve nenhum contacto com animais infetados. Por outro lado, os Estados Unidos já reportaram três casos de infeção em humanos nas últimas semanas, o último dos quais no final de maio.

O cidadão mexicano que acabou por morrer desenvolveu um quadro de diarreia, febre, dificuldades respiratórias e náuseas no dia 17 de abril. Acabou por ser hospitalizado no Instituto Nacional de Doenças Respiratórias, na Cidade do México, no dia 24 de abril, tendo morrido nesse mesmo dia. De acordo com o ministério da Saúde mexicano, o homem tinha várias comorbilidades, incluindo doença renal crónica, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial persistente.

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Embora não se saiba como o homem contraiu o vírus, o OMS lembra que o México relatou um surto de H5N2 em numa exploração avícola no estado de Michoacan, contígua ao estado do México, onde se situa a capital e onde a vítima mortal residia. Este foi o primeiro caso, confirmado laboratorialmente, em todo o mundo de infeção pelo H5N2 em humanos.

A OMS sublinha que este caso não está relacionado com o surto de gripe aviária H5N1 nos Estados Unidos, que já infetou três trabalhadores de explorações pecuárias. O último caso conhecido data do final de maio e dá conta da infeção de um trabalhador no estado do Michigan. De acordo com o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos EUA, citado pela Reuters, o homem, cuja idade não foi revelada, esteve em contactado com vacas infetadas e foi o único dos três casos conhecidos nos EUA a desenvolver sintomas respiratórios. Desde março que as autoridades americanas já identificaram surtos de H5N1 em mais de 80 manadas de vacas, em onze estados diferentes.

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As outras duas pessoas infetadas, uma das quais também residente no Michigan, apenas relataram conjuntivite e recuperaram rapidamente.

Enquanto o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA não vêm motivos para alarme, sublinhando que não há evidência de que este vírus se transmita entre humanos, a OMS já tinha admitido, em abril, estar preocupada com o risco de transmissão da gripe aviária H5N1 para os humanos, dada a taxa de mortalidade “extraordinariamente alta” que acarreta.