Melhor entrada era impossível. E impensável. Mais de duas décadas depois – 24 anos – da primeira vitória num Campeonato da Europa, a Roménia voltou a triunfar numa fase final da máxima prova de seleções do futebol europeu. Depois de Inglaterra em 2000 (3-2) – ano histórico para o futebol romeno que conseguiu a única presença na fase a eliminar -, foi a vez de a Ucrânia sucumbir perante a tricolor (3-0).

A imprevisibilidade venceu a seleção previsível que luta pela nação, mas caiu à lei da bomba (a crónica do Roménia-Ucrânia)

É certo que a Roménia é uma seleção com uma longa tradição em Campeonatos da Europa. Também é certo que os romenos são das seleções mais frágeis da prova. Depois de se terem estreado em 1984, a equipa do sudeste europeu repetiu a presença em mais cinco ocasiões (1996, 2000, 2008, 2016 e 2024). Contudo, tinha apenas uma vitória e dez golos marcados até esta segunda-feira.

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Nicolae Stanciu foi um dos nomes que entrou em campo em Munique determinado a reverter essa tendência negativa. Considerado o ídolo de uma geração, o capitão fez o primeiro golo da partida e contribuiu diretamente para o triunfo diante da Ucrânia, o primeiro de sempre do país na ronda inaugural. No final, foi eleito o melhor jogador da partida e tornou-se no primeiro jogador do Campeonato saudita a marcar num Europeu.

Prova da importância do médio de 31 anos na seleção romena é o facto de ser o único resistente da geração que esteve presente no Campeonato da Europa de 2016, em França, e, a partir desta segunda-feira, o 12.º melhor marcador de sempre da Roménia, com 15 golos. Curiosamente, Stanciu igualou Niculae, jogador que passou pelo Sporting entre 2001 e 2005, nesse registo.

O jogo desta segunda-feira tornou-se na maior vitória de sempre da Roménia numa grande competição e fica ainda marcado pelas duas assistências do extremo Dennis Man que, dessa forma, tornou-se no primeiro romeno a bisar em passes para golo na história dos Europeus.