A Associação de Mulheres Para Promoção do Desenvolvimento Comunitário (AMPDC), organização não-governamental (ONG) moçambicana, estimou esta quarta-feira em mais de 2 mil o número de raparigas envolvidas na prostituição infantil na província de Sofala, centro do país.

“Mais de duas mil raparigas estão envolvidas em prostituição na província. O fenómeno verifica-se nos distritos da Beira, Dondo, Nhamatanda, Chibabava, Caia e Búzi, neste último devido aos centros de reassentamento criados em 2019”, na sequência do ciclone Idai, disse à Lusa Ângela Jorge, diretora-executiva daquela ONG.

Ângela Jorge afirmou que os 2 mil casos reportados envolvem meninas entre os 13 e os 20 anos “que são forçadas a prostituírem-se ou fazem-no por livre vontade“.

“Existem casos de meninas abusadas sexualmente e forçadas a prostituírem-se (…) por vezes é a idade da adolescência que lhes conduz a isso, outras vezes é a tal desestrutura familiar, é o contexto social em que elas estão. Então, todos esses contextos contribuem para a prostituição da criança. São idades em que há facilidade de serem enganadas”, declarou.

A diretora da AMPDC destacou a necessidade da união de forças para o combate a este fenómeno. “A sociedade deve se unir no combate à prostituição infantil”, frisou.

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