Cyril Ramaphosa tomou posse esta quarta-feira como Presidente da África do Sul para um segundo mandato de cinco anos, após o seu partido, o histórico Congresso Nacional Africano (ANC), ter perdido pela primeira vez a maioria absoluta.

“Servirei e governarei com todos, até aqueles que não me apoiaram” declarou Cyril Ramaphosa, reeleito Presidente este sábado

A formação de um Governo de Unidade Nacional é um momento de grande significado. É o início de uma nova era“, declarou o chefe de Estado, de 71 anos, durante o discurso de tomada de posse na capital, Pretória.

“Eu, Matamela Cyril Ramaphosa, juro que serei fiel à República da África do Sul e que obedecerei, observarei e defenderei a Constituição e todas as outras leis da República”, declarou Ramaphosa ao fazer o juramento de posse perante o chefe do poder judicial sul-africano, o juiz Raymond Zondo.

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Com este juramento na sede do executivo sul-africano, iniciou-se uma nova fase na história do país, marcada por um governo de unidade nacional sem precedentes, cuja composição ainda não foi revelada.

Ramaphosa foi eleito com 283 votos na primeira sessão do parlamento, com o apoio dos partidos de oposição Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), centro-direita e liberal, e Partido Livre Inkatha (IFP), centro-esquerda e nacionalista zulu, após um acordo de última hora.

Embora tenha sido o partido mais votado nas eleições realizadas em 29 de maio, as sétimas eleições gerais no país, o ANC manteve o seu declínio eleitoral, perdendo a maioria absoluta no parlamento, pela primeira vez em 30 anos, após obter 40,18% dos votos, elegendo 159 deputados para a Assembleia Nacional, menos 71 lugares do que havia alcançado em 2019, quando obteve 57,5% dos votos

A tomada de posse de Ramaphosa dá início à formação do Governo de Unidade Nacional e que deve incluir ainda membros de outros dois partidos — o GOOD, e o Aliança Patriótica (AP), anunciou o partido no poder.