Todos os olhos estavam centrados, ele não demorou a que todos os olhos se focassem noutros pelas melhores razões. Tinham passado apenas 73 segundos no Bélgica-Roménia quando Tielemans justificou a aposta de Domenico Tedesco, recebeu uma assistência de Lukaku e rematou de meia distância de primeira para o 1-0 que entrou na história dos Diabos Vermelhos como o golo mais rápido de sempre na fase final de um Europeu (e terceiro entre todos os golos mais rápidos). O avançado não marcou mas, logo ao segundo minuto da partida, estava a contribuir para o sucesso da equipa. E ainda poderia ter sido mais até ao intervalo, com um remate que levava a direção da baliza mas que acabou por desviar num defesa contrário e saiu para canto.

Kevin subiu o Casteels para dar a mão a Lukaku (a crónica do Bélgica-Roménia)

No segundo tempo, com Kevin de Bruyne a aparecer cada vez mais no jogo, Romelu Lukaku voltou a ter o seu “momento”: foi lançado em profundidade pelo médio do Manchester City, ganhou em velocidade para ficar enquadrado com a baliza e rematou de pé esquerdo sem hipóteses para Nitá, celebrando aquilo que parecia ser o fim da maldição nas fases finais. Festejou, foi muito abraçado pelos companheiros, começou a andar para o meio-campo contrário e percebeu entretanto que tinha visto esse lance anulado por fora de jogo.

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Depois de já ter visto dois golos anulados na partida inaugural do Europeu com a Eslováquia, incluindo um que foi o primeiro invalidado com a nova bola inteligente que confirmou o toque de Openda com a mão antes de fazer a assistência para o avançado, Lukaku chegava ao hat-trick de lances invalidados (que lhe dariam a liderança dos melhores marcadores da prova) mas, desta vez, nem todos ficaram convencidos com a decisão e, apesar da linha exibida pela UEFA que coloca o belga a começar muito ligeiramente à frente do defesa romeno na altura do passe, cedo começaram a ser partilhadas que dão outra imagem diferente.

Ainda assim, nem tudo foi mau para Lukaku, que terminou a festejar a vitória e o 2-0 apontado por Kevin de Bruyne que deixou as contas do grupo E totalmente empatadas. Aliás, esta é a primeira vez que quatro equipas no mesmo grupo vão com os mesmos três pontos para a última jornada, que terá Bélgica-Ucrânia e Roménia-Eslováquia. Já o médio do City igualou o avançado cedido pelo Chelsea à Roma como únicos jogadores a par de Ceulemans com golos em mais do que uma fase final do Europeu.