No final, conta o resultado. Ainda assim, nem Portugal teve uma exibição a roçar a perfeição nem o jogo se resumiu apenas ao 3-0 com a Turquia. Houve essa certeza de uma subida clara de rendimento em relação ao encontro com a Rep. Checa, houve outros dados importante que ajudam a explicar esse crescimento no plano individual, coletivo e coletivo através do individual. Entre dados globais e estatísticas mais específicas de jogadores, há cinco notas importantes que ajudam a explicar o que se passou em Dortmund através dos dados do Goalpoint e dos números oficiais da UEFA e que ficam também para os próximos jogos.

A teoria da evolução começou em Pepe, foi até Ronaldo e não se faz velha (a crónica do Turquia-Portugal)

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Martínez tinha falado muito da questão dos remates de Portugal frente à Rep. Checa, falando nos cinco que a Seleção teve só nos minutos que se seguiram ao golo inaugural contra a corrente do jogo. Com a Turquia, o conjunto nacional rematou menos, só teve três remates enquadrados com a baliza e chegou a uma eficácia de quase 100% porque só uma dessas tentativas não deu depois golo. Nesse particular, a Turquia não ficou em nada atrás de Portugal, com diferença enorme no perigo que se conseguia criar. Outra curiosidade: depois dos 13 cantos diante da Rep. Checa, a Seleção só teve um… contra nove.

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Diogo Costa não teve muito trabalho à semelhança do que aconteceu com a partida frente à Rep. Checa mas, com a Turquia, foi decisivo pelas intervenções que teve e pelo momento das mesmas: entre o 2-0 naquele autogolo caricato dos turcos e o 3-0 de Bruno Fernandes, o guarda-redes do FC Porto teve uma primeira defesa com o pé complicada para canto a remate de Artürkoglu, travou depois uma meia distância de Kökçü no meio e, no segundo tempo, defendeu com segurança uma tentativa de Yazici. Não foi um jogo com muitas aparições mas, nos momentos em que teve de brilhar, disse “presente”.

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A exibição de Pepe é aquela que mais se justifica sem números. Porquê? Há momentos do jogo que não são mesuráveis como a presença para liderar a defesa, a forma como consegue ir segurando os vários momentos do encontro e a rapidez com que consegue ler os lances antes mesmo de os mesmos acontecerem. No entanto, há um dado que se pode extrair da parte estatística que mostra em parte e grande exibição do central que são os sete alívios que o central do FC Porto conseguiu fazer.

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Para Martínez não havia dúvidas, para vários analistas no mínimo merecia discussão. A exibição mais apagada de Bernardo Silva com a Rep. Checa colocou a questão da presença do número 10 na equipa em equação, não pela qualidade que tem mas pelas características dentro daquilo que a Seleção precisava. A “resposta” foi clara, não só pelo golo inaugural (o primeiro do jogador em fases finais de grandes provas) e pelo prémio de MVP mas também pelos números que saíram do rendimento individual, logo à cabeça pelos nove passes progressivos que fez e os sete que recebeu. Ao contrário do que tinha acontecido na partida inaugural, o jogador do City teve capacidade para levar a equipa para a frente.

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Portugal teve mais bola do que a Turquia (57%), fez mais passes do que o adversário (522-368, com uma percentagem de 91% contra 87% dos turcos), voltou a não ter necessidade de fazer muitas faltas tal como tinha acontecido com a Rep. Checa (de seis para oito). Ainda assim, há um dado coletivo além dos golos onde existiu uma grande diferença entre conjuntos: o número de toques na bola na área contrária, com 31 de Portugal e só 13 da Turquia. É isso que dá sentido a ter mais posse.