O Centro de Orientação de Doentes Urgentes do INEM enfrentou, esta segunda-feira, constrangimentos, decorrentes da falta de operadores disponíveis para atender as chamadas. Em resultado disso, chegaram a estar em espera mais de 50 telefonemas para o 112, denuncia a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM), que avisa que esta situação — já recorrente — “coloca em risco a vida dos portugueses”.

As limitações no atendimento fizeram aumentar ainda mais o tempo de resposta às emergências durante a manhã desta segunda-feira. A ANTEM lembra que o tempo limite de resposta a uma emergência está fixado em sete minutos para ambiente urbano e 14 minutos em ambiente rural, tempos que Portugal não cumpre.

Em causa está a falta de operadores disponíveis, um problema que se arrasta há algum tempo. As delegações do CODU “estão neste momento muito aquém no que diz respeito ao número de operadores disponíveis para o atendimento dos pedidos de auxílio”, alertam os técnicos de emergência, em comunicado.

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Na terça-feira passada, o CODU em Lisboa não tinha nenhum técnico a atender chamadas do 112, tendo, nesse dia, o trabalho sido assegurado pelas delegações do Porto, Coimbra e Algarve. Atualmente, os CODU contam com 24 operadores, metade do que a ANTEM diz serem necessários para assegurar a operação.

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Sem recursos humanos para triarem as chamadas e acionarem os meios, é o socorro que ficam em causa. Para além da falta de meios humanos, a associação dos técnicos de emergência critica ainda a falta de atualização dos “protocolos de triagem e despacho de meios”, que, diz a ANTEM, já deveriam ter sido substituídos por “protocolos validados cientificamente e com provas dadas no mundo inteiro”.

Situações que, sublinham os técnicos de emergência, “colocam em risco a saúde e a vida dos Portugueses, e devem ser resolvidas com a maior brevidade possível”.

Tal como já tinha pedido este sábado, a ANTEM volte a defender a demissão do Conselho Diretivo do INEM, presidido por Luís Meira, e a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que vise o Sistema Integrado de Emergência Médica que, avisam os técnicos de emergência, “não responde de forma adequada e eficaz”.