Foi um jogo atípico neste Euro 2024 recheado de golos, de grandes golos e de muitos golos. Contudo, depois do apito final, jogadores, equipa técnica, staff e adeptos da Eslovénia pareciam ter acabado de golear. E justifica-se: com o terceiro lugar garantido esta terça-feira, graças ao empate contra Inglaterra, os eslovenos ultrapassaram a fase de grupos de uma grande competição pela primeira vez.

A jogar assim, só mesmo Southgate e companhia é que vão para casa (a crónica do Inglaterra-Eslovénia)

Esta é apenas a segunda participação da Eslovénia em Campeonatos da Europa — em nome próprio, excluindo Jugoslávia — e na primeira, no Euro 2000, não passou da fase de grupos. Em Mundiais, onde também já esteve duas vezes, o registo é semelhante: fase de grupos em 2002, no Japão e na Coreia do Sul, e fase de grupos em 2010, na África do Sul. Agora, na Alemanha, os eslovenos fizeram o que nunca tinham feito e asseguraram um lugar nas rondas a eliminar da competição.

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A Eslovénia pode cruzar-se com Portugal nos oitavos de final, mas a verdade é que as hipóteses são reduzidas e a Seleção Nacional deve mesmo encontrar a Hungria em Frankfurt no dia 1 de julho. Isto porque, estando no caminho do terceiro classificado dos Grupos A, B e C e sabendo desde já que só os de A e C se apuraram, porque a Croácia não estará nesse lote, Portugal cruza com o terceiro classificado do Grupo C se também os terceiros classificados dos Grupo D e E se apurarem. Um cenário complexo, mas que já se verifica no Grupo D, com os Países Baixos, e que deve verificar-se no E, onde todas as equipas têm atualmente três pontos.

Numa seleção da Eslovénia onde o capitão Oblak é a estrela óbvia, não é possível esquecer Benjamin Sesko, o jovem avançado do RB Leipzig que tem meia Europa atrás dele, e Adam Gnezda Čerin, o médio do Panathinaikos que é o motor de toda a equipa e que saiu de Colónia com o galardão de melhor jogador em campo.

Do outro lado, Inglaterra apurou-se para os oitavos de final através do primeiro lugar do Grupo C, apesar de ter registado uma vitória e dois empates e ter marcado apenas dois golos, e vai defrontar o terceiro classificado dos Grupos D ou E. Ainda assim, a equipa de Gareth Southgate volta a realizar um jogo sofrível, com limitações ofensivas alarmantes, e registou um nulo num Europeu pela primeira vez em oito anos — não acontecia desde 2016, quando também empatou sem golos com a Eslováquia e com a Escócia na mesma edição da competição.