O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, expressou esta quinta-feira confiança, após um encontro em Bruxelas com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que a próxima cimeira da Aliança Atlântica, em julho em Washington, reforce a ajuda da organização a Kiev.

“Mais apoio à Ucrânia estará no topo da nossa agenda e estamos no caminho certo para uma cimeira bem-sucedida”, declarou o político norueguês na rede social X após a reunião na sede da NATO, na capital belga.

Zelensky também se manifestou na rede social X, referindo que o encontro foi focado nos preparativos da cimeira, a decorrer entre 9 e 11 de julho.

“Esperamos que sejam tomadas decisões que reforcem o papel da Aliança na coordenação da assistência à segurança e da formação das tropas ucranianas, bem como compromissos financeiros a longo prazo para garantir um apoio estável à Ucrânia”, afirmou Zelensky.

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O líder ucraniano agradeceu os esforços de Stoltenberg no sentido de “consolidar o apoio dos aliados” a Kiev, em particular no reforço das defesas antiaéreas face aos ataques continuados da Rússia.

Na manhã desta quinta-feira em Bruxelas, a União Europeia (UE) comprometeu-se a dar “um apoio previsível e de longo prazo” à segurança e defesa da Ucrânia.

O compromisso, assinado pelos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Ucrânia, que se deslocou a Bruxelas para assinar o documento à margem da cimeira que esta quinta e sexta-feira junta os líderes europeus, estipula que a UE se empenha em dar “um apoio previsível, a longo prazo e sustentável à segurança e defesa da Ucrânia”.

Ao fim de quase dois anos e meio sobre a invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, as forças de Kiev continuam a lamentar que o apoio dos aliados é insuficiente para contrariar a superioridade das forças de Moscovo em quantidade de efetivo e de armamento.

Em cima da mesa na próxima cimeira de alto nível da NATO deverá constar uma proposta de Jens Stoltenberg de se criar um fundo de longo prazo para a Ucrânia de 40 mil milhões de euros anuais.

Esta será a última cimeira com o ex-primeiro-ministro norueguês na liderança da organização, tendo a sua sucessão pelo chefe cessante do Governo neerlandês, Mark Rutte, sido aprovada esta semana pelo Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão política da NATO.