Desvalorizar a derrota com a Geórgia e apontar à Eslovénia, o adversário dos oitavos de final, já na próxima segunda-feira dia 1 de julho. Foi esse o tom comum de todas as declarações dos jogadores depois da primeira derrota de Portugal neste Euro 2024. Houve também a defesa de António Silva, que com dois erros contribuiu para os dois golos georgianos, e até uma comparação de Portugal com a Alemanha.

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Palhinha: “Nem tudo estava bem quando ganhámos, nem tudo está mal porque perdemos”

Para João Palhinha, a derrota frente à Geórgia não afetará os próximos jogos. “Ninguém gosta de perder, mas amanhã vamos estar já a pensar na Eslovénia. É isso que é o nosso foco: nem tudo estava bem quando ganhámos, nem tudo está mal porque perdemos”, disse. No entanto, não escondeu que há que “melhorar e estar preparado”, assumindo a derrota como uma lição e a necessidade de no próximo jogo ser necessário melhorar: “Temos de ser nós, sermos Portugal, uma equipa dominadora durante o jogo, e estarmos melhor preparados quando temos a bola e reagir à perda”. Por isso, o médio promete “dar tudo para chegar o mais longe possível”.

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O jogador não quis também deixar de dar uma palavra a António Silva, que cometeu os erros que deram origem aos dois golos da Geórgia. “O miúdo só tem de estar de cabeça para cima. Quem é profissional… todos nós passamos por estes momentos”. Por isso, acredita que “estará a 100% para o máximo no próximo jogo. É um profissional exemplar e é um miúdo com muito talento. E vai dar muitas alegrias”.

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Palhinha percebeu a sua substituição, já que tinha, à entrada para este jogo um amarelo, e se visse o segundo ficaria de fora dos oitavos. “Entro sempre com a mesma vontade de disputar os lances, e nem pensei nisso”. Quanto à revolução na equipa concretizada neste jogo, Palhinha afirmou que “não há trocas a mais. Todos têm capacidade para jogar. Não há 11 titulares, somos um grupo de 26 jogadores com muito talento, com muita vontade de ganhar títulos por Portugal e vai dar o máximo para ganhar quem quer que vá lá para dentro”.

Nélson Semedo garante que Portugal vai “dar uma boa resposta” contra a Eslovénia

Na zona mista da Veltins-Arena, Nélson Semedo partilhou com os jornalistas as suas justificações para a derrota diante da Geórgia. “Não reagimos bem ao golo sofrido no início do jogo. A Geórgia esteve muito bem, colocou o autocarro e apostou no contra-ataque. Temos que trabalhar e voltar melhor no próximo jogo”, começou por dizer o lateral, acrescentando que a equipa precisa de ter “paciência na circulação, bascular e encontrar espaços” quando enfrenta equipas que defendem mais baixo. Quanto à rotação promovida por Roberto Martínez e o facto de ter sido suplente, garantiu que não ficou “desiludido”.

Por fim, o lateral perspetivou “um jogo complicado” frente à Eslovénia, mas sublinhou que Portugal vai “treinar nos próximos dias e preparar bem” o desafio. “De certeza que vamos dar uma boa resposta”, finalizou o jogador do Wolverhampton.

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“A par da Alemanha, não me lembro de uma equipa que estivesse a jogar tão bem como nós”, lamenta Pedro Neto

Pedro Neto foi titular esta noite frente à Geórgia e afirmou que a postura defensiva do adversário dificultou o trabalho da equipa portuguesa. “Entrámos a perder e sabíamos que ia ser difícil jogar contra eles. A Geórgia defendeu e controlou o jogo”, sublinhou. Questionado sobre a titularidade, o jogador do Wolverhampton garantiu que “não sentiu dificuldades”. “Acima de tudo senti-me confiante. É muito bom estar a ganhar ritmo de jogo. Foi bom para todos os que jogaram. Estamos prontos para o próximo jogo. Sei o que fiz durante a época e vou continuar a trabalhar”, disse aos jornalistas.

Quanto à Eslovénia, Pedro Neto assegurou que a Seleção está “confiante”. “Vamos para todos os jogos para ganhar. Até hoje, a par da Alemanha, não me lembro de uma equipa que estivesse a jogar tão bem como nós”, concluiu o extremo.

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Diogo Dalot: “Não fizemos aquilo que trabalhámos e fica um sabor amargo por isso”

Por sua vez, Diogo Dalot sublinhou que a Seleção portuguesa “deixou de fazer aquilo que trabalhou” e “o golo no início da segunda parte abalou a equipa”. “Não fizemos aquilo que trabalhámos e fica um sabor amargo por isso”, acrescentou. “Sabíamos que a Geórgia ia defender. O primeiro golo é um desequilíbrio defensivo. Não tivemos calma a decidir no último terço. Queremos aprender com isso e levar já para o próximo jogo. Estamos tranquilo. Sabíamos que este jogo era importante ganhar, mas foi uma oportunidade para muitos jogadores mostrarem que estão cá. Independentemente de tudo, continuamos a trabalhar e agora temos um jogo difícil para preparar”, garantiu o lateral.

Questionado sobre a partida frente à Eslovénia, nos oitavos de final, Dalot assegurou que a equipa está sempre preparada. “Qualquer que seja o adversário vamos estar preparados”, terminou.

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Danilo: “É sempre complicado analisar estes jogos”

Danilo Pereira realçou que Portugal cometeu “alguns erros” frente à Geórgia e “não conseguiu corrigir”. “Não conseguimos penetrar [na defesa da Geórgia], tivemos uma circulação lenta e sem objetividade. É sempre complicado analisar estes jogos. Não culpamos ninguém e estamos todos aqui para ajudar. Houve muitas mudanças e isso às vezes afeta a coesão do grupo”, partilhou o jogador do PSG.

“Agora é trabalhar duro para estarmos melhor nos oitavos. Que venha a Eslovénia. De certeza que vamos estar melhores que neste jogo”, concluiu.