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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta sexta-feira que está a trabalhar num novo plano para pôr fim à guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que continua a fortalecer-se militarmente para obrigar a Rússia a aceitar uma “paz justa”.

É muito importante para nós mostrarmos um plano para acabar com a guerra que seja apoiado pela maioria [dos países] do mundo, é isso que estamos a fazer diplomaticamente”, afirmou o líder ucraniano durante uma conferência de imprensa em Kiev, ao lado da sua homóloga eslovena, Natasha Pirc Musar.

“Não queremos prolongar esta guerra e devemos alcançar uma paz justa o mais rapidamente possível”, acrescentou.

Mas Volodymyr Zelensky também insistiu no facto de que o seu país deve, ao mesmo tempo, fortalecer a sua indústria militar, porque “a Rússia só entende a força e apenas respeita os fortes“.

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“São duas coisas em paralelo: ser forte no campo de batalha e desenvolver um plano, um plano claro e detalhado, que estará pronto este ano”, sustentou.

A Ucrânia já propôs um plano de paz de 10 pontos, apoiado pelo Ocidente, em 2022, ano da sua invasão pela Rússia, envolvendo a retirada incondicional das forças russas do território ucraniano.

Uma cimeira de paz também teve lugar na Suíça, em meados de junho, por iniciativa da Ucrânia, da qual a Rússia foi excluída. Dezenas de países apoiaram os esforços de Kiev, mas várias potências relevantes abstiveram-se e outras, lideradas pela China, não compareceram.

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Zelensky disse ainda na quinta-feira em Bruxelas que o plano em que a Ucrânia está a trabalhar, com os seus parceiros, terá de ser apresentado numa segunda cimeira e Kiev indicou que a Rússia poderia ser convidada.

“Temos muitos feridos e mortos no campo de batalha e entre os civis. É por isso que não queremos que a guerra dure anos, e é por isso que estamos a preparar este plano em conjunto, para o colocar em cima da mesa durante uma segunda cimeira de paz”, afirmou.

O Presidente russo, Vladimir Putin, apresentou a sua própria solução para o conflito, que implica que a Ucrânia cedesse cinco regiões orientais e meridionais e renunciasse à adesão à NATO, tratando-se, na prática, de uma proposta de capitulação rejeitada por Kiev e pelo Ocidente.