Um tribunal alemão levantou um mandado de prisão para Christian Brückner, suspeito no caso Madeleine McCann, num processo de agressões sexuais em Portugal entre 2000 e 2017, mas o alemão continua preso por violação de uma idosa no Algarve.

De acordo com a Associated Press (AP), que cita a agência de notícias alemã DPA, o tribunal estadual de Braunschweig decidiu levantar o mandado de prisão num processo em que Brückner está acusado de três crimes de violação e dois de abuso sexual de crianças, entre 2000 e 2017, por entender que não existe suspeita urgente.

O alemão está neste momento a cumprir uma pena de sete anos de prisão por outro crime cometido em Portugal em 2005, quando violou uma idosa no apartamento de férias desta na Praia da Luz, no Algarve, a mesma localidade de onde desapareceu a criança inglesa em 2007.

Brückner não foi formalmente acusado de qualquer crime no caso de Madeleine [Maddie] McCann.

O germânico passou vários anos em Portugal, incluindo na Praia da Luz, por volta da altura em que a criança inglesa desapareceu em 2007, mas negou sempre qualquer envolvimento no seu desaparecimento.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No julgamento em curso sobre as agressões sexuais, os advogados de Brückner apresentaram um requerimento para anular o mandado de prisão, tendo o tribunal decidido não haver “fortes suspeitas” relativamente às acusações que lhe são imputadas.

Segundo a AP é esperada uma decisão neste processo no próximo outono.

Em 2020, Brückner foi designado como o principal suspeito no caso de desaparecimento de Madeleine McCann, um caso investigado ao longo de anos sem que a criança tenha sido encontrada.

Maddie desapareceu em 3 de maio de 2007, na localidade da Praia da Luz, no Algarve, pouco antes de completar quatro anos, quando passava férias com os pais e amigos.

Há cerca de um ano a Polícia Judiciária, em colaboração com as autoridades alemãs e inglesas, voltou a realizar buscas pela criança, na barragem do Arade, em Silves, numa zona que era frequentada por Christian Brückner enquanto viveu no Algarve.

As buscas terminaram sem quaisquer novos indícios reportados pelas autoridades.