Estava “exausto” e com uma “gripe forte”. O Presidente norte-americano voltou a afirmar que estes foram os dois fatores que conduziram ao fraco desempenho no primeiro debate para as presidenciais frente ao principal adversário, Donald Trump. “Foi um mau episódio”, reconheceu Joe Biden na primeira e aguardada entrevista desde então.

“Foi uma noite má ou um sinal de uma condição séria?”, começou por perguntar o jornalista da ABC News George Stephanopoulos, usando as palavras de Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara dos Representantes que esteve no cargo durante os dois primeiros anos da administração Biden. “Não há indicação de nenhuma condição séria. Estava exausto. Não ouvi os meus instintos quanto à preparação e tive uma noite má“, assegurou o Presidente.

O líder norte-americano já tinha justificado a sua prestação no debate em parte com o facto de ter viajado para França, onde assistiu às comemorações do 80.º aniversário do Dia D, e para Itália, para uma reunião do G7. Chegou a afirmar que estava com jet lag, apesar de entre as viagens e o frente a frente com Trump ter passado uma semana no Camp David. Questionado sobre se não foi tempo suficiente para descansar, o Presidente acrescentou que estava doente.

“Estava a sentir-me péssimo (…). Perguntei [aos médicos] se tinham feito um teste de Covid porque estavam a tentar perceber o que estava errada. Fizeram testes para ver se eu tinha alguma infeção ou um vírus. Não tinha. Era apenas um gripe muito forte”, explicou.

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Biden disse que não chegou a ver a sua prestação no debate e voltou a assumir total responsabilidade pelo resultado. “Foi culpa minha, de mais ninguém”.

Antes de a entrevista à ABC News ser emitida, Joe Biden renovou, numa ação de campanha em Winsconsin, a promessa de derrotar Donald Trump nas eleições de novembro e afastou uma eventual desistência da corrida à Casa Branca. “Deixem-me dizer isto da forma mais clara possível: vou manter-me na corrida, vou vencer Donald Trump”, afirmou, acrescentando que não iria “deixar que 90 minutos de debate arrasassem três e meio de trabalho”.

Biden afasta dúvidas sobre desistência: “Vou continuar na corrida, vou vencer Donald Trump”