Vinte e três dias. Foi esta a duração da estadia portuguesa em Marienfeld, localidade que voltou a acolher a Seleção Nacional 18 anos depois. A chegada, no passado dia 13 de junho, ficou marcada pela euforia. A partida, que aconteceu este sábado, foi totalmente o oposto, com poucas dezenas de adeptos a dizerem o último adeus à comitiva nacional. A passagem da festa para a desilusão foi repentina mas, ainda assim, nem o “Sou, de Portugal eu sou” faltou à chamada.
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Passavam poucos minutos das 14 horas locais (13 horas em Lisboa) quando o autocarro da equipa de Roberto Martínez deixou o hotel Klosterpforte ladeado, como aconteceu desde o dia um, por fortes medidas de segurança. Contudo, a comitiva não viajou toda juntar, já que os jogadores foram dispensados durante a manhã.
Cerca de uma hora antes do autocarro rumar ao aeroporto de Münster, várias carrinhas descaracterizadas, com vidros fumados, começaram a deixar a unidade hoteleira. No seu interior estavam os jogadores que viajaram “sozinhos”, longe da comitiva. Cristiano Ronaldo, que saiu com a companheira Georgina Rodríguez, Diogo Jota, Rúben Neves, Vitinha, Diogo Dalot, Matheus Nunes, Bruno Fernandes e João Palhinha foram os jogadores que não viajaram com a equipa.
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A chegada ao aeroporto deu-se ao cabo de cerca de uma hora de viagem. À chegada, Roberto Martínez e os jogadores tiraram fotografias e distribuíram autógrafos junto dos cerca de 50 adeptos presentes, enfrentando a chuva. Em declarações à SportTV, o selecionador disse que o “desempenho foi fantástico”. “Demos tudo e os penáltis são uma lotaria. O apoio é incrível. Vamos dar tudo, crescer e dar alegrias. Os adeptos merecem isso”, acrescentou. Já Pepe deixou apenas um “obrigado” aos adeptos.
O voo, num charter, estava inicialmente agendado para as 15 horas, mas a partida aconteceu apenas 45 minutos depois. Assim, a chegada sucedeu-se às 19 horas e, alguns minutos depois, a equipa saiu pela porta VIP do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, ladeada por centenas de adeptos que saudaram os jogadores.
Roberto Martínez, Rúben Dias, Pepe e João Cancelo ainda estiveram junto dos adeptos, tirando selfies e distribuindo autógrafos. Questionado pela RTP, Pepe disse que “é sempre bom e especial” ser recebido pelos adeptos. “Enche-nos o coração.” Mas não respondeu às perguntas sobre o futuro profissional.
João Félix, que atirou ao poste nas grandes penalidades, saiu diretamente das portas do aeroporto para o autocarro da seleção, com a cabeça baixa.