Mais de metade dos residentes em Portugal (51,7%) efetuaram pelo menos uma viagem turística em 2023, 4,0 pontos percentuais acima de 2022, tendo as deslocações ao estrangeiro atingido o máximo histórico, informou esta segunda-feira o INE.

Segundo os resultados do “Inquérito às Deslocações dos Residentes” do Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano passado, 5,3 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma viagem turística (mais 431.900 do que em 2022), tendo, ainda assim, este número ficado 2,1% abaixo de 2019.

No total, as deslocações turísticas dos residentes atingiram os 23,7 milhões em 2023, um aumento de 4,6% relativamente a 2022, mas ficando ainda aquém dos valores de 2019 (-3,2%).

As viagens em território nacional aumentaram 2,4% face ao ano anterior, mas ficaram ainda abaixo dos níveis pré-pandemia (-4,3% face a 2019), atingindo 20,4 milhões e representando 86,4% do total (contra 88,3% em 2022 e 87,3% em 2019).

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Já as deslocações para o estrangeiro alcançaram 3,2 milhões em 2023 (+21,5% em comparação com 2022) e superaram os números de 2019 (+4,1%), ganhando assim representatividade e passando a responder por 13,6% do total (1,9 pontos percentuais acima do valor de 2022 e um ponto percentual acima de 2019).

As viagens turísticas realizadas por residentes geraram mais de 96,5 milhões de dormidas em 2023 (+2,0% face a 2022, -2,7% face a 2019), tendo a maioria ocorrido em Portugal (77,1% do total, 78,4% em 2022 e 77,6% em 2019).

As dormidas em Portugal registaram um acréscimo de 0,3%, enquanto as ocorridas no estrangeiro aumentaram 8,0%, aproximando-se dos níveis de 2019 (-3,2% e -0,8%, respetivamente).

O “alojamento fornecido gratuitamente por familiares ou amigos” manteve-se como o meio de alojamento mais utilizado nas dormidas dos residentes, concentrando 39,6 milhões de dormidas (41,0% do total, +1,5 pontos percentuais do que no ano anterior e +2,4 pontos percentuais face a 2019).

Nas deslocações nacionais, esta modalidade de alojamento prevaleceu (44,9% das dormidas, +3,2 pontos percentuais do que em 2022 e +3,3 pontos percentuais face a 2019), mas nas viagens para o estrangeiro foram os “estabelecimentos hoteleiros e similares” a preferência dos residentes (53,2% das dormidas, -1,1 pontos percentuais do que em 2022, -0,5 pontos percentuais do que em 2019).

Em 2023, a despesa média por turista em cada viagem teve um acréscimo de 4,3% face a 2022, fixando-se em 242,4 euros (+23,9% face a 2019).

Nas deslocações domésticas, os residentes gastaram, em média, 164,3 euros por turista/viagem, mais 1,1 euros que em 2022 e mais 1,3 euros em comparação com 2019.

Nas deslocações para o estrangeiro, o gasto médio por turista/viagem decresceu 2,1% em 2023 (+17,5% do que em 2019), tendo atingido 736,6 euros.