O Capri foi dos modelos mais emblemáticos da Ford, um coupé longo e de duas portas que a marca lançou em 1969 e fabricou durante três gerações a longo de 17 anos. O modelo de quatro lugares deixou uma marca importante nos apaixonados por desportivos, não certamente devido à versão animada pelo pequeno motor 1.3 com quatro cilindros, mas sim pelos Capri 3.0 GT e Capri RS2600, ambos com motor V6 que provaram o seu valor nas corridas da época. Agora, a Ford anuncia o regresso do modelo, já não como coupé desportivo com duas portas e quatro lugares, mas sim como um SUV coupé eléctrico que, por ser menos volumoso e mais dinâmico, é mais aerodinâmico e poderá ser considerado um crossover.

2 fotos

O Capri é mais um veículo da Ford que resulta da partilha de plataformas deste construtor com a Volkswagen, a quem os norte-americanos cederam a base da sua pick-up Ranger para a produção da nova Amarok. Em troca, o construtor alemão cedeu a plataforma eléctrica MEB para que os seus “sócios” de ocasião avançassem com o Explorer e o Capri, que no mercado serão vistos como concorrentes dos VW ID.4 e ID.5.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

6 fotos

Comparado com o Explorer (4,468 m), o Capri (4,634 m) é mais comprido 16,6 cm e 4 mm mais baixo, recorrendo à mesma distância entre eixos (2,767 m), o que lhe permite oferecer mais mala (567 contra 470 litros). E à semelhança do Explorer, o novo SUV da Ford é proposto com tracção traseira (RWD) e 286 cv ou tracção integral (AWD) e dois motores que somam 340 cv.

Se os RWD estão equipados com a bateria de 77 kWh de capacidade útil, as versões AWD de ambos os SUV recorrem ao novo acumulador com 79 kWh, o que reforça um pouco mais a autonomia, quase compensando os cerca de 65 kg adicionais que acusam sobre a balança devido ao segundo motor e ao acumulador mais generoso. Se considerarmos as versões mais acessíveis (RWD), o Ford Capri anuncia uma autonomia de 627 km, contra 602 km do Explorer equivalente, o que aliado ao maior comprimento tenderá a fazer esquecer um preço ligeiramente superior, que em Portugal é de 51.608€, ou seja, 2541€ mais do que os 49.067€ do Explorer.