O presidente da Iniciativa Liberal afirmou esta segunda-feira que o setor empresarial do Estado “tem de ser gerido com eficácia e tem de ser muito mais reduzido”, considerando não fazer sentido investir em empresas que “não trazem serviço aos portugueses”.

Em Braga, em reação ao anúncio de insolvência da Inapa-Investimentos, Participações e Gestão, SA (Inapa IPG), Rui Rocha acrescentou que “o dinheiro dos contribuintes tem de ser respeitado”.

“Entendemos que o setor empresarial do Estado tem de ser gerido com eficácia e tem de ser muito mais reduzido, porque não faz sentido estarmos sucessivamente, ano atrás de ano, a investir dinheiro nestas empresas que não trazem serviço aos portugueses e que depois trazem perda de dinheiro dos contribuintes”, referiu.

No domingo, a Inapa tinha comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que ia pedir insolvência “nos próximos dias”.

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Inapa pede insolvência “nos próximos dias” e ações suspensas na bolsa. Presidente e vários vogais demitem-se

A insolvência é justificada com “uma carência de tesouraria de curto prazo” no montante de 12 milhões de euros, para a qual não foi encontrada “solução de financiamento no prazo estabelecido de acordo com a lei alemã”.

Esta segunda-feira, a CMVM determinou a suspensão da negociação das ações da Inapa, líder em Portugal na distribuição de papel e embalagens.

A Inapa é detida pelo Estado em 44% e emprega 1478 trabalhadores.

O líder da IL disse que a sua preocupação fundamental relativamente à Inapa não é que uma empresa tenha sucesso ou tenha prejuízo, já que essa “é uma questão que diz respeito aos seus acionistas”.

“Nós entendemos que os lucros são privados e os prejuízos são privados. O problema numa situação como a da Inapa é o dinheiro do Estado que foi lá investido e o dinheiro dos contribuintes que poderá não estar a ser respeitado”, rematou.