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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, reuniram-se esta terça-feira em Kiev, um encontro que serviu para analisar as consequências da guerra e a “difícil situação humanitária” no país.

“Discutimos as consequências da agressão da Rússia contra a Ucrânia, o terror aéreo em curso, a difícil situação humanitária e os resultados do nosso encontro com o Papa Francisco em junho, em Itália”, escreveu Zelensky na rede social X.

Segundo o Presidente ucraniano, o encontro com o chefe da diplomacia do Vaticano, no âmbito de uma visita que está a efetuar ao país, permitiu ainda debater as decisões da primeira Cimeira para a Paz e o papel do Vaticano no “estabelecimento de uma paz justa e duradoura para a Ucrânia“.

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A Cimeira para a Paz na Ucrânia, que se realizou em junho na Suíça, terminou com um comunicado em que o Ocidente reforçou o apoio a Kiev e rejeitou os termos apresentados por Moscovo para um cessar-fogo.

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“Estou grato pelo apoio do cardeal ao nosso país e ao nosso povo”, salientou ainda Zelensky.

O secretário de Estado do Vaticano reafirmou a ajuda humanitária à Ucrânia e defendeu a necessidade de se encontrar “fórmulas que possam ajudar a abrir caminhos para a paz”, lamentando que se esteja “muito longe de uma solução negociada”.

Obviamente, quando a paz é feita, deve ser feita entre os dois contendores, mas parece-me que ainda estamos muito longe. Espero que possamos encontrar também outras fórmulas que nos permitam abrir algum raio de esperança”, referiu.

Sobre o significado da sua visita, o cardeal afirmou que a principal mensagem passa por “manter viva a atenção da comunidade internacional sobre a guerra, para que não se torne mais um conflito esquecido”.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, reivindicou a anexação das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia em setembro desse ano. A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões anexadas.

Kiev tem exigido a retirada da Rússia de todo o território da Ucrânia, incluindo a Crimeia, como pré-condição para eventuais negociações de paz.