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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu esta quinta-feira em Hong Kong medidas contra a evasão da Rússia às sanções ocidentais, as quais empresas chinesas com sede na região são acusadas de contornar.

A última vaga de sanções ocidentais tem como alvo entidades que permitem a Moscovo evitar as restrições e a União Europeia dirigiu medidas contra 19 empresas chinesas, várias das quais estabelecidas em Hong Kong.

“O senhor Kuleba pediu à administração de Hong Kong que tomasse medidas para impedir que a Rússia e as empresas russas utilizassem Hong Kong para contornar as medidas restritivas impostas”, indicou a diplomacia de Kiev em comunicado.

As maquinações da Rússia não devem prejudicar a reputação de Hong Kong como uma economia liberal altamente desenvolvida, construída com base no respeito inabalável pelo estado de direito”, prosseguiu o Ministério ucraniano.

Segundo o comunicado, “estas medidas restritivas são necessárias para enfraquecer a capacidade da Rússia de fazer a guerra e matar pessoas na Ucrânia”.

Questionado pela agência France Presse (AFP), um porta-voz do governo de Hong Kong respondeu que a região administrativa especial da China “implementa e aplica estritamente as sanções do Conselho de Segurança da ONU”.

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Qualquer ação tomada pelo governo da Região Administrativa Especial estará estritamente de acordo com as leis de Hong Kong”, acrescentou.

Kuleba também abordou em Hong Kong as “possibilidades de comércio e investimento” nesta região.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano iniciou na terça-feira a sua primeira visita à China desde o começo da invasão russa, em fevereiro de 2022, sendo Pequim um parceiro fundamental de Moscovo e acusado pelo Ocidente de ajudar o Kremlin no seu esforço de guerra.

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Durante as suas conversações com o homólogo chinês, Wang Yi, Kuleba indicou que a Ucrânia estava pronta para negociar a paz com a Rússia quando esta estivesse pronta para o fazer de “boa fé”.

Na reunião, o chefe da diplomacia de Kiev pediu apoio a Pequim para um “diálogo direto” para pôr fim ao conflito.

“Estão planeadas discussões profundas, detalhadas e substantivas com o meu homólogo chinês, Wang Yi, sobre formas de alcançar uma paz justa”, escreveu o chefe da diplomacia de Kiev na rede social Instagram.

A Rússia comentou esta quinta-feira que está disponível para negociar com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apesar de questionar a sua legitimidade, e não exclui “diversas variantes” de negociações, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.