A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no trimestre encerrado em junho, atingindo o menor nível para o período em dez anos, informou quarta-feira o Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE).

O desemprego no país sul-americano recuou um ponto percentual face ao trimestre de janeiro a março de 2024 (7,9%) e caiu 1,1 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2023 (8%).

A população desocupada, ou seja, aqueles que procuravam por trabalho sem encontrar no Brasil caiu para 7,5 milhões de pessoas, o menor número desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Já a população ocupada atingiu novo recorde da série histórica, chegando a 101,8 milhões de pessoas.

Segundo o IBGE, o total de trabalhadores do país cresceu 1,6% (mais 1,6 milhões de pessoas) no trimestre e 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.

Novamente, o número de empregados no setor privado (52,2 milhões) foi recorde, impulsionado pelos novos recordes nos contingentes de trabalhadores com contrato de trabalho formalizado (38,4 milhões) e sem contrato de trabalho (13,8 milhões).

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“Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres”, destacou a coordenadora da sondagem do IBGE, Adriana Beringuy, num comunicado.

A analista observou que, na comparação trimestral, as três atividades com aumento da ocupação foram o comércio, a administração pública e as atividades de informação e comunicação.

“Esses três setores absorvem um contingente muito grande de trabalhadores, de serviços básicos e também de serviços mais especializados. Assim, a expansão da ocupação nessas atividades acaba contribuindo para o processo de crescimento da remuneração e do nível da ocupação de diversos segmentos no mercado de trabalho”, afirmou Adriana Beringuy.

Segundo dados divulgados terça-feira pelo Ministério do Trabalho do Brasil, o país gerou 1,7 milhões de empregos formais no último ano apesar da desaceleração do crescimento económico.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 4,8% em 2021, 3% em 2022 e 2,9% em 2023. Economistas preveem que a expansão da economia brasileira em 2024 será de 2,1% enquanto o Governo espera uma subida de 2,5%.